Declarações dos treinadores após o jogo Marítimo-Vitória de Setúbal (1-0), da 24.ª jornada da Primeira Liga.
Daniel Ramos (treinador do Marítimo): "Foi bom o resultado, a exibição foi razoável. Tivemos momentos bons, outros nem tanto. Foi preciso defender, sofrer. Faltou algum esclarecimento e tranquilidade.
Na primeira parte, conseguimos gerir melhor os momentos do jogo e fomos mais tranquilos. Na segunda, houve a reação do Setúbal, que nunca desistiu e arriscou. Queríamos ter posse de bola e tirar iniciativa ao adversário e acabámos por dar, mas fizemos um jogo positivo, de boa atitude e de pressão.
Vi mais pessoas com cachecóis e camisolas do Marítimo. Não tivemos tanta assistência como em outros jogos, mas continuamos com uma onda positiva. Sentimos, em muitos momentos, o apoio da massa associativa e é extremamente importante que isso aconteça. Temos muitos pontos conquistados em casa e isso deve-se muito à empatia e interação que existe entre todos.
Sermos candidatos ou não à Europa, para nós, não diz nada. Somos uma equipa que quer lutar por isso? Sem dúvida alguma. Mas isso não é ser candidato, é ser uma equipa que tem ambição para o conseguir e para o tentar. Não queremos é que nos digam que, se não conseguirmos, falhámos. Isso é injusto para a equipa.
Vamos procurar a melhor classificação. Se der, espetáculo, foi mais do que nos foi pedido. Se não der, missão cumprida, já conseguimos a nossa manutenção.
(Recorde de 10 jogos seguidos sem perder na I Liga) Muito satisfeito, foi no meu ano de estreia. Soube há dias que podia bater esse recorde. Disse aos jogadores que tínhamos possibilidade de fazer história. Queremos saborear esta vitória e prolongar este ciclo”.
José Couceiro (treinador do Vitória de Setúbal): “Acho que o resultado é injusto pelo que as duas equipas produziram, pelas oportunidades que tivemos. Defrontámos uma equipa que tem qualidade, que se sente cómoda no seu processo defensivo, o que tem sido a grande virtude do Marítimo.
Conseguimos criar muitos espaços, tivemos oportunidades de golo, não concretizámos e acho que essa foi a grande diferença.
Tivemos uma desatenção na sequência do cartão amarelo, muito injusto, ao Frederico Venâncio, o que acabou por resultar no golo do Fransérgio.
Acabámos por ser fortemente penalizados, foi uma penalização excessiva. Acho que o empate já seria lisonjeiro. Merecíamos mais, mas não há que arranjar desculpas.
Temos objetivos muito concretos, que passam por atingir a manutenção o mais cedo possível. Matematicamente, não está atingida, mas estamos mais próximos disso. O segundo objetivo é de fazer crescer os nossos jovens jogadores. Chegando a essa posição, lutaremos para ficar na primeira metade da tabela.
(Lance entre Meyong e Raúl Silva na grande área do Marítimo) Na minha opinião, é grande penalidade. Quando o jogador é bloqueado e atropelado dentro da área e sabe-se que a bola vai sair para o primeiro poste e saiu, é evidente que é grande penalidade. Não há como pensar de outra forma.
Mas, tivemos muitas oportunidades para, no mínimo, empatar o jogo. Não é por aí, não vou entrar no campo da desculpa”.
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