A próxima época futebolística já deve contar com alguns árbitros profissionais, nomeadamente os que aderirem ao projecto que está a ser ultimado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
A novidade foi dada hoje pelo presidente da LPFP, Hermínio Loureiro, que prometeu a apresentação pública do projecto-piloto no prazo de um mês.
''A profissionalização da arbitragem é um caminho longo, em que é preciso vencer etapas e ultrapassar barreiras e obstáculos. Trabalhamos nele desde o primeiro dia em que chegamos (à LPFP). Queremos, já no próximo campeonato, um conjunto de árbitros que tenham optado pela profissionalização'', vincou Hermínio Loureiro.
Para que tal seja uma realidade, o dirigente lembrou que ''há ainda um conjunto de alterações regulamentares que precisam ser feitas em Assembleia Geral''.
''Se dependesse de mim, a profissionalização da arbitragem era já hoje, mas isso não depende só de nós (LPFP)'', vincou.
Este é apenas um dos oito grandes objectivos da Liga para a próxima época, onde se destaca também a aprovação e revisão estatutária da LPFP, cuja primeira versão de proposta vai ser remetida aos clubes no prazo de 15 dias (sem a aprovação e publicação do regime jurídico das federações, a revisão ficará a meio).
A LPFP quer também ''concluir, no que lhe diz respeito, todas as matérias do foro disciplinar que, directa ou indirectamente, estejam relacionadas com o processo Apito Dourado''.
Hermínio Loureiro anunciou ainda a revisão dos regulamentos de competições, disciplinar e arbitragem, bem como o desenvolvimento de um trabalho técnico que torne possível um acordo para um novo Contrato Colectivo de Trabalho dos jogadores e treinadores de futebol.
Subir o número de espectadores nos estádios - com uma campanha especialmente vocacionada para os jovens e público feminino -, angariar mais patrocinadores e realizar um seminário subordinado ao tema violência associada ao desporto (de onde resultem sugestões a remeter ao governo), também fazem parte das metas da Liga.
''Se em Junho de 2008 estes objectivos estiverem alcançados, o futebol português poderá então pensar em decisões mais ambiciosas e com outra força junto da sociedade civil'', concluiu Hermínio Loureiro.
LUSA