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Berardo vende aos outros accionistas pelo mesmo preço se ficar com maioria na Benfica SAD

Joe Berardo revelou hoje que, se ficar com mais de metade do capital da Benfica Futebol SAD, venderá as restantes acções aos outros accionistas pelo mesmo preço a que as comprar na Operação Publica de Aquisição (OPA).

“Como tive que fazer uma OPA maior, se eu tiver sucesso e se ficar com mais de 50 por cento do capital, vou pôr à venda as acções aos outros accionistas ao mesmo preço que eu comprar”, disse o empresário madeirense à Agência Lusa.

Sublinhando que o clube “não pertence a uma pessoa, pertence aos accionistas”, Joe Berardo sublinhou que o Benfica “não está à venda nem a russos, nem a americanos, nem a chineses, nem a indianos”.

Mas, quando questionado sobre se a sua OPA sobre a Benfica Futebol SAD era um investimento de longo prazo, limitou-se a afirmar: “Estou a comprar porque as acções tiveram uma desvalorização fenomenal num mês, de 50 por cento. Estou a comprar para ajudar”.

Joe Berardo anunciou sexta-feira uma OPA sobre 60 por cento do capital da Benfica Futebol SAD, propondo-se comprar as 9.000.001 acções de categoria B a 3,5 euros e colocando como condição de sucesso a aquisição de pelo menos metade destas acções ordinárias, o que lhe conferiria 30 por cento do capital da sociedade.

Na terça-feira, uma fonte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disse, no entanto, à Agência Lusa que o regulador do mercado já tinha notificado o empresário para estender a OPA a 85 por cento do capital da empresa.

A notificação foi feita depois de representantes da Metalgest, a holding de Joe Berardo, se terem reunido com a CMVM para prestar esclarecimentos sobre a operação e de a empresa ter apresentado pareceres a suportar uma oferta parcial, como pediu o regulador do mercado.

A operação anunciada sexta-feira por Joe Berardo deixava de fora as acções de categoria A da Benfica Futebol SAD, que são detidas pelo Sport Lisboa e Benfica e lhe concedem direitos especiais na empresa.

Apesar de ter ponderado a hipótese de obrigar Joe Berardo a lançar uma OPA sobre 100 por cento do capital da SAD, com o argumento de que os detentores das acções da categoria A também têm de ter oportunidade para vender as suas acções, a CMVM optou por um limite de 85 por cento.

Isto, porque, segundo o artigo 30 do decreto-lei número 67/97, aplicável às sociedades desportivas em geral, “a participação directa do clube fundador no capital social não poderá ser, a todo o tempo, inferior a 15 por cento nem superior a 40 por cento do respectivo montante”.

Significa isto que, de acordo com a lei, o Benfica apenas poderá vender até 25 por cento de acções de categoria A (que serão depois convertidas em acções de categoria B), ficando obrigado a manter uma participação directa de, pelo menos, 15 por cento do capital da SAD.

LUSA

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