Declarações de Miguel Leal, treinador do Boavista, após o jogo com o Rio Ave (1-2), da segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio do Bessa, no Porto.
«O Boavista merecia a felicidade no último minuto, pelo que fez e lutou, é verdade que sem grande cérebro. Agora é analisar o que não correu tão bem, melhorar o processo ofensivo e pensar no próximo jogo.
O primeiro golo é de uma falha individual, mas estávamos preparados para isso, mas temos dar valor ao adversário.
Precisamos de mais capacidade de chegar ao último terço e aí ainda temos trabalho para fazer. O resto foram acontecimentos do jogo que, facilmente, vamos resolver.
O objetivo do Boavista tem de ser melhorar a sua classificação. Sempre disse que o objetivo era igualar a classificação anterior e que se pudéssemos melhorar alguma coisa seria muito bom. Temos que perceber que isto não carregar na tecla e as coisas acontecem. É preciso investimento, é preciso paciência e são precisas condições e ainda não estão reunidas essas condições. Temos que perceber a realidade.
O que sei é que esta equipa vai fazer um campeonato tranquilo e vai terminar nessas posições. É preciso trabalhar e estar do lado da equipa, porque foi sempre isto a força do Boavista.
Importa serenar, analisar o que esteve menos bem e também perceber se precisamos, aqui e ali, de mais um ajuste, mas é muito importante perceber a nossa realidade. Estamos confiantes em que vamos ter um caminho tranquilo.
Mais reforços? Posso entender que isso seja preciso, mas temos que perceber a nossa realidade. Uma coisa é aquilo que os treinadores querem e outra coisa é aquilo que é a realidade do clube. Não podemos entrar em loucuras, porque se não voltamos outra vez mesmo.
Volto a repetir: tenho extrema confiança neste plantel. É uma questão de tempo. Temos 15 nacionalidades, muitas línguas diferentes, gente que não conhece a realidade portuguesa e é preciso algum tempo para que as pessoas percebam a realidade onde estão inseridas».