Crónica: Segunda vitória do Rio Ave nas mãos de Cássio

O Rio Ave, que começou o campeonato a bater o Belenenses, somou a segunda vitória, enquanto os ‘axadrezados’, que foram derrotados fora pelo Portimonense na jornada inaugural, perderam assim pela segunda vez na prova e pelo mesmo resultado.

A equipa de Vila do Conde adiantou-se com um golo de cabeça de Guedes aos 29 minutos, o Boavista empatou aos 76, por Rochinha, que marcou o seu segundo golo no campeonato, e o médio vila-condense Pedro Moreira fechou o resultado final seis minutos depois de ter entrado, aos 85.

Mas a vitória foi garantida no quinto minuto de compensação pelo guarda-redes Cássio, que em dia de 37.ª aniversário fez prevalecer a sua experiência perante o jovem Leonardo Ruiz, defendendo a grande penalidade batida pelo colombiano de 21 anos emprestado pelo Sporting.

O Boavista iniciou o jogo com o médio Carraças em vez do atacante Mateus, que fez parte do ‘onze’ inicial na jornada anterior frente ao Portimonense, ao passo que o Rio Ave manteve a equipa utilizada diante do Belenenses e os suplentes também.

A partida começou com muitos contactos físicos, um cartão amarelo para Fábio Espinho, aos dois minutos, e um susto para o Rio Ave, porque Lionn caiu, pareceu ter ficado lesionado e chegou a ser pedida a sua substituição, mas recuperou e manteve-se em campo.

Estava dado o mote para um futebol intenso e por vezes frenético, com uma forte componente física, muita luta pela bola e pelos espaços e um Boavista pressionante, a tentar assim condicionar os médios do Rio Ave.

O Rio Ave resistiu a esse assédio, fazendo valer a qualidade individual de Francisco Geraldes, Ruben Ribeiro e companhia, e aos 29 minutos ganhou um livre no corredor direito do seu ataque que saiu caro ao Boavista.

Ruben Ribeiro cobrou esse livre para as costas da defesa boavisteira e Guedes antecipou-se aos seus marcadores, para fazer o primeiro golo, de cabeça.

O Boavista sentiu o golpe, perdeu ‘gás’ a meio-campo e foi mesmo obrigado a recuar para junto da sua área ante um Rio Ave confiante, ameaçador e que passou então a ter mais bola e a sair mais vezes para o ataque.

A equipa de Vila do Conde voltou para a segunda parte com o mesmo futebol seguro e continuou a ter mais bola e, sobretudo, a trocá-la melhor, ao passo que o Boavista mostrou-se ansioso e a querer fazer tudo com pressa, mas sem o discernimento necessário.

O técnico boavisteiro, Miguel Leal, refrescou a equipa fazendo entrar Mateus e Aymen Tahar para os lugares de Renato Santos e Carraça, mas o Boavista continuou com os mesmos problemas, revelando-se incapaz de sair para o ataque e, muto menos, de incomodar o guarda-redes Cássio.

O Rio Ave parecia ter o jogo controlado e até estar mais perto de ampliar a sua vantagem, mas, aos 76 minutos, Marcelo tentou um lançamento comprido para o seu ataque, Robson devolveu a bola de cabeça e Rochinha aproveitou a desatenção e o adiantamento da defesa contrária e empatou.

O Boavista entusiasmou-se, mostrou que queria mais do que um ponto e lançou-se ao ataque, mas isso saiu-lhe outra vez caro pois ‘esqueceu-se’ de proteger a sua defesa e o Rio Ave não se esqueceu de atacar.

Depois de um ataque rápido pelo lado esquerdo, Pedro Moreira, que tinha vindo do banco, aproveitou um cruzamento rasteiro e fez o 1-2 final.

Aos 90+5 minutos, o árbitro marcou penálti contra o Rio Ave e o Boavista ficou com a possibilidade de empatar, mas p colombiano Leonardo Ruiz desperdiçou-a, permitindo a defesa a Cássio.