Crónica: Paços de Ferreira reduzido a 10 segura empate frente ao Guimarães

O empate premeia a determinação dos pacenses na defesa do ‘nulo' e castiga os vimaranenses, quase sempres melhores no jogo, mas sem conseguirem materializar em golos essa superioridade, desperdiçando ainda a vantagem numérica após expulsão de Mabil, aos 43 minutos, por alegada agressão a Jubal.

Na segunda parte, o Vitória, como sempre muito apoiado em Paços de Ferreira, ainda festejou o golo de Hurtado, aos 54 minutos, mas Nuno Almeida, após consultar o vídeo-árbitro (VA), validou a decisão do árbitro auxiliar no início da jogada, marcando uma falta favorável aos locais a meio-campo.

Com este resultado, o Paços conseguiu o segundo ponto no campeonato, enquanto o Vitória de Guimarães soma quatro.

Francisco Afonso, no Paços de Ferreira, realizou os primeiros minutos da época em jogos oficiais, ao ser chamado para o lado direito da defesa, derivando o habitual titular, Bruno Santos, para o lado esquerdo, em substituição do lesionado Filipe Ferreira. No ataque, Xavier rendeu Bruno Moreira, completando as duas alterações no ‘onze' comparativamente ao jogo com o Feirense (derrota por 2-1).

No Vitória de Guimarães, Pedro Martins mexeu em todos os setores, alterando cinco elementos na equipa inicial: devolveu a titularidade ao guarda-redes Douglas, Josué e João Vigário regressaram à defesa após castigo, Rafael Miranda surgiu, por sua vez, no meio-campo e Rafael Martins no ataque. Renderam Miguel Silva, Marcos Valente, Sacko, Zungu e Texeira, titulares na goleada sofrida com o Sporting (5-0), na última jornada.

Os primeiros minutos do jogo mostraram um Vitória mais rápido na circulação da bola e determinado, ganhando com facilidade espaço nas costas dos defesas, com os laterais a procurarem juntar-se rapidamente aos extremos para capitalizarem a superioridade numérica.

Esta atitude surpreendeu os pacenses, que revelaram dificuldade na ligação do jogo, e nos primeiros cincos o Vitória ameaçou dias vezes a baliza de Mário Felgueiras, sempre por Rafael Martins, na última delas com um remate ao lado quando estava solto de marcação na área.

Demasiado expectante, o Paços sentia dificuldade em ter e circular a bola, e mesmo no contra-ataque colocava pouca gente, conseguindo apenas mostrar-se um pouco no jogo a partir dos 20 minutos. Acabou, no entanto, por protagonizar o lance mais perigoso aos 41 minutos, pelo inevitável Welthon, com um remate exterior defendido por Douglas para canto.

Ainda antes do intervalo, Mabil terá alegadamente pisado Jubal, que se estreou nos vimaranenses [aconteceu o mesmo com Kiko mais tarde] e recebeu ordem de expulsão.

A segunda parte prometia um domínio ainda mais avassalador do Vitória, face a um Paços mais defensivo, agora em ‘4-4-1’, mas só nos últimos minutos do encontro os pupilos de Pedro Martins estiveram perto do golo, primeiro por Kiko, com um remate defendido por Mário Felgueiras, e, depois, por Hélder Ferreira, que viu um defesa pacense negar-lhe o golo.

O cariz do encontro podia ter sido diferente, mas o golo de Hurtado, aos 49 minutos, pareceu bem invalidado, uma vez que, no início do contra-ataque, o árbitro auxiliar sinalizou uma falta favorável ao Paços, mantendo por alguns instantes a bandeirola levantada.