Um golo de Nakajima garantiu hoje um precioso empate ao Portimonense, em inferioridade numérica desde os 35 minutos, na visita ao Paços de Ferreira, que está no limite da permanência após a 17.ª jornada da I Liga de futebol.
Os golos do encontro referente à jornada que encerrou a primeira volta do campeonato surgiram na segunda parte, com o suplente Luiz Phellype a colocar os pacense em vantagem, aos 54 minutos, e Nakajima, máximo goleador do Portimonense, agora com sete golos, a conseguir o empate aos 73.
O resultado castiga o Paços, a equipa que mais oportunidades de golo criou, mas também aquela que não soube resolver o jogo a seu favor, desbaratando a superioridade numérica por expulsão precoce de Bruno Tabata, por uma falta que deixou algumas dúvidas, esbarrando, por outro lado, num guarda-redes (Ricardo Ferreira) inspirado.
A sucessão de maus resultados no Paços de Ferreira, com sete jogos seguidos em que apenas conseguiu um empate, levou Petit a promover uma nova ‘revolução’ no ‘onze’, com alterações na defesa (Bruno Santos rendeu João Góis e Ricardo substituiu Marco Baixinho), no meio campo (André Leão e André Leal por Vasco Rocha e Mabil) e no ataque (Bruno Moreira por Luiz Phellype).
O Portimonense, com Paulinho e Tabata como as únicas novidades na equipa inicial, começou melhor e, nos primeiros cinco minutos, ainda conseguiu empurrar o Paços para o seu meio campo, sem, no entanto, conseguir incomodar Rafael Defendi.
Os pacenses demoraram pouco tempo a ajustar-se ao adversário e, limitados os espaços aos criativos Tabata e Paulinho e ao veloz Nakajima, passaram a ter mais bola, ganhando metros no meio campo contrário.
Foi a partir das faixas laterais, onde encontraram menos resistência, que os locais começaram a construir as suas jogadas, com cruzamentos perigosos para a área.
André Leal e Bruno Moreira combinavam bem entre si e, aos 20 minutos, um roubo de bola do médio quase valeu o primeiro golo do jogo ao Paços.
Sem realizar uma exibição muito convincente, embora mais assertiva, os pacenses mantiveram-se sempre por cima no jogo, com André Leal a protagonizar as ações de ataque, num registo que se acentuou na segunda parte, a partir sobretudo da entrada de Luiz Phellype.
O avançado brasileiro juntou-se no ataque a Bruno Moreira e seria dele o primeiro golo, ao concluir de cabeça um centro teleguiado de Xavier, na esquerda do ataque.
O Paços capitalizava nesta fase a superioridade numérica, explorando bem os corredores laterais, e as oportunidades foram-se sucedendo, mas Ricardo Ferreira ganhou todos os ‘duelos’, destacando-se, sobretudo, a defesa quase impossível a um cabeceamento de Miguel Vieira, aos 66 minutos.
Em desvantagem, o Portimonense procurou esticar o seu jogo, beneficiando ainda de alguma apatia e/ou excesso de confiança do adversário, e Paulinho deixou o primeiro aviso, aos 70 minutos, quando surgiu isolado na área.
Rafael Defendi conseguiu parar o remate, mas nada pôde fazer quando Nakajima, três minutos depois, aos 73, rematou cruzado, na área, num lance em que o instinto de goleador do japonês venceu algum desnorte dos centrais pacenses.
Petit, que tinha feito algum marcha-atrás nas substituições, ao tirar nomeadamente Bruno Moreira, arriscava quase tudo ao trocar André Leão por Vasco Rocha, abrindo brechas no meio campo que o Portimonense, já nos descontos e em transições rápidas, quase aproveitava por Lumor.
Nakajima, de livre direto, também ameaçou o golo.
O Portimonense termina a primeira volta no 10.º lugar, com 18 pontos, enquanto o Paços de Ferreira, com oito jogos consecutivos sem conhecer a vitória e com Petit em risco de sair, está no limite da permanência, no 16.º lugar, com 14 pontos.
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