Scolari e Murtosa de acordo com substituições no jogo com Azerbaijão

Impossibilitado de estar no banco de suplentes nesse jogo e nos próximos dois (no Cazaquistão, quarta-feira, e com a Arménia em casa), ainda na sequência do castigo imposto pela UEFA, Scolari revelou alguns contornos desta experiência, numa entrevista à RTP, que será emitida no dia do jogo com os cazaques, às 14:00.

''Durante o jogo, estava no camarote e pensei: está na hora de colocar o Nani. E quando olhei para o relvado, já ele vinha do aquecimento para entrar. Depois, também percebi que o Miguel estava caindo e Murtosa logo fez entrar Jorge Ribeiro'', disse Scolari, ao programa ''A Voz de Comando''.

O seleccionador português, ladeado por Flávio Teixeira, revelou que as ''caminhadas diárias'' que faz com o seu adjunto fortalecem a cumplicidade entre ambos e admitiu mesmo que é ''como um irmão'' do seu compatriota.

''Tudo aconteceu naturalmente. Nós não somos somente amigos de 25 anos. Somos como irmãos. As nossas famílias também se reúnem muito'', diz também Scolari ao apresentador Daniel Oliveira.

Por outro lado, Flávio Teixeira desvendou também alguns aspectos do dia do jogo no Azerbaijão e explicou que, nos momentos mais delicados do jogo, pensou como pensaria Scolari se tivesse de mudar alguma coisa no sistema ou mesmo na constituição da equipa.

''O tempo, o hábito e a rotina são suficientes para o entendimento entre nós. No Azerbaijão, Scolari estava ausente e eu, a determinada altura, pensava nas atitudes que o Felipe poderia ter. O que ele faria em determinada situação? Vou então fazer a mesma coisa. É uma rotina em função do trabalho que fazemos em conjunto'', disse Murtosa.

Luiz Felipe Scolari entrou novamente em ''cena'' e desta vez para pedir ao público português a consciência de que é necessário vencer mesmo os próximos três jogos (no Cazaquistão e em casa com Arménia e Finlândia) para garantir um lugar no Euro2008.

''Não adianta já pensar na quarta ‘final’, se não tivermos mais duas vitórias (no Cazaquistão e com a Arménia em casa). Se vencermos contra o Cazaquistão damos um grande passo para depois vencer em Portugal. Contra o Azerbaijão não foi um grande jogo, mas os jogadores mostraram atitude e personalidade. Contra o Cazaquistão temos de ter tudo isso de novo, para que nos dois jogos em casa consigamos a qualificação que é o nosso grande sonho'', adiantou.

O seleccionador português, apelidado de ''comandante'' por Flávio Teixeira, disse ainda que esteve com os jogadores antes de estes partirem para o estádio de Baku, no sábado, tendo desejado a todos boa sorte.

Luiz Felipe Scolari falou ainda da agressão a Dragutinovic, considerando existirem em Portugal críticos com ''maldade''.

''As minhas atitudes são todas para ajudar. Não admito que pessoas pensem que faço as coisas de forma maldosa. As minhas ideias são sempre positivas, de amor, amizade e confiança'', concluiu.

O seleccionador português e um jogador participam terça-feira numa conferência de imprensa, às 17:00 locais (12:00 em Lisboa) e a equipa das ''quinas'' treina uma hora depois no Tcentralny, em Almaty, estádio do jogo de quarta-feira (20:00 locais).

LUSA