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CAN2008: Angola determinada a passar a fase de grupos

A selecção de futebol de Angola quer fazer história na Taça das Nações Africanas (CAN), que principia domingo no Gana, com o apuramento inédito para os quartos-de-final, consolidando o forte desenvolvimento verificado após anos de guerra civil.

CAN2008: Angola determinada a passar a fase de grupos

Estabilizado politicamente, o único país lusófono na prova está determinado a ultrapassar pela primeira vez a fase de grupos, após falhar o objectivo por apenas um golo em 2006.

Para isso, conta com a experiência adquirida na surpreendente e insólita qualificação para o Campeonato do Mundo, onde apenas perdeu com Portugal (1-0), tendo empatado com México (0-0) e Irão (1-1).

Sem o peso da responsabilidade de resultados imediatos nesta fase final, Angola quer solidificar a boa imagem que tem deixado internacionalmente e, acima de tudo, dar maturidade a uma equipa que vai disputar em casa a CAN2010, onde os ''Palancas Negras'' têm de mostrar o que realmente valem, em ano de Campeonato do Mundo, na África do Sul.

A CAN2008 vai ser um excelente teste ao poder competitivo do conjunto orientado por Oliveira Gonçalves, pois vai medir forças no Grupo D com três selecções bem mais cotadas.

O desafio angolano começa com a África do Sul (23 Janeiro), campeã em 1996 e finalista em 1998, seguindo-se o Senegal (27), que perdeu a final de 2002 nos penaltis com Camarões, e termina com a Tunísia (31), campeã em 2004 e finalista em 1996.

Os ''Palancas Negras'', que se apresentam com 15 ''mundialistas'' no grupo dos 23 convocados, foram os mais concretizadores na fase de apuramento com 16 golos, cinco deles obtidos pela sua maior estrela, Flávio Amado, o possante (1,88 metros e 77 quilos) médio ofensivo campeão africano pelo Al-Ahly de Manuel José.

O avançado Manucho, recentemente contratado pelo todo-poderoso Manchester United, é a estrela em ascensão numa equipa que tem sete a jogar em Portugal: os defesas Marco Airosa (Fátima) e Machado (Anadia), os médios Dede e Edson (Paços Ferreira), Mendonça (Estrela Amadora) e Zé Kalanga (Boavista) e o avançado Mateus (Boavista).

Compensar a teórica desvantagem para os adversários com ''firmeza, tenacidade, espírito de sacrifício e vontade de vencer'' é o segredo do sucesso preconizado pelo presidente da federação, Justino Fernandes.

Lutar pelo título, decidido na final de 10 de Fevereiro, afigura-se como missão praticamente impossível, dada a escassez de argumentos para ombrear com os dois grandes favoritos, o anfitrião Gana e a vizinha Costa do Marfim.

Orientado por Claude Le Roy, o ''Feiticeiro Branco'', o Gana é o principal candidato ao triunfo final, até porque joga em casa (em 25 edições, os anfitriões triunfaram por 11 vezes), onde, perante os fervorosos adeptos, venceu em 1963 e 1978: o jejum das ''estrelas negras'' dura, no entanto, há um quarto de século, desde 1982, pelo que a fome de títulos é enorme.

O Gana, que ambiciona chegar ao quinto triunfo na CAN, igualando o recordista Egipto, foi o melhor conjunto africano no Mundial2006, afastado nos oitavos-de-final pelo Brasil.

O avançado Didier Drogba (Chelsea), eleito melhor jogador africano em 2006 e 2007, é o grande trunfo da Costa do Marfim, que conta ainda com executantes da qualidade de Touré, Zakora ou Dindane. O seleccionador Ulrich Stielike deixou a selecção no início do ano devido a um grave problema de saúde do filho, tendo sido substituído por Gérard Gili.

O pentacampeão Egipto (detentor do troféu), Camarões e Nigéria surgem numa segunda linha a ter em conta, tal como Marrocos, Tunísia e Mali, em teoria com menos possibilidades de êxito.

Num certame acompanhado cada vez mais de perto pelos endinheirados clubes europeus, perspectivam-se espectáculos emotivos, onde se espera venham a despontar novos valores para o futebol mundial.

LUSA

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