O Rio Ave assegurou hoje o quinto lugar da I Liga de futebol, ao empatar 0-0 em Paços de Ferreira, um resultado que atrapalha as contas da permanência aos pacenses, a uma jornada do fim do campeonato.
O nulo penaliza uma primeira parte demasiado passiva dos pacenses, num jogo sem grandes oportunidades de golo e em que a maior tranquilidade dos vila-condenses, sobretudo, lhes permitiu gerir o resultado na maior parte do tempo longe da sua baliza.
A intensidade que se esperava dos locais, para quem estava quase obrigado a vencer, apenas se viu na segunda parte, período no qual os jogadores foram mais agressivos à perda e rápidos a trocar a bola.
O peso dos pontos tirou algum discernimento aos jogadores pacenses, que, mesmo assim, ainda conseguiram criar algumas situações de perigo. Os pupilos de João Henriques chegaram a festejar o golo aos 51 minutos, numa entrada fulgurante, de cabeça, de Luiz Phellype, em lance que o árbitro auxiliar e o vídeoárbitro, depois, anularam, por posição irregular do avançado brasileiro.
Nos descontos, foi Cássio, com uma enorme intervenção, a negar o golo a Ricardo, após canto da direita, nom derradeiro lance do jogo.
Ricardo e Pedrinho jogaram de início no Paços, em substituição de Rui Correia e de Gian, relegados para o banco de suplentes, mas as alterações não produziram efeitos na atitude, que se pedia 'guerreira' para quem precisava tanto de ganhar.
O Paços foi quase sempre reativo, jogando remetido no seu meio campo e, assim, conseguir fechar melhor os espaços, mas, depois, em posse, não conseguia ligar o seu jogo, vivendo quase exclusivamente de ações individuais.
Este registo contrariou os primeiros momentos do jogo, em que Mabil, Xavier e Pedrinho mostraram uma mobilidade e velocidade de execução capaz de surpreender a defesa contrária.
Aos dois minutos, Xavier centrou da esquerda, mas Pedrinho chegou ligeiramente atrasado, permitindo a interceção por parte de Cássio, guarda-redes que ainda viu Pedrinho rematar por cima, aos 12, tendo mesmo sido chamado a intervir aos 37, em remate de Luiz Phellype.
O Rio Ave apostou em Pedro Moreira para o lugar do castigado Francisco Geraldes e, embora perdendo qualidade na construção de jogo, dominou, impondo os ritmos que mais lhe convinha, através de uma boa circulação de bola, alternando o jogo interior com os corredores.
Embora jogassem no meio campo ofensivo, os vila-condenses só por uma vez conseguiram acertar na baliza pacense, aos 20 minutos, mas Rafael Defendi segurou sem problemas o remate de Tarantini.
A natural reação dos pacenses na segunda parte criou mais dificuldades ao Rio Ave, para quem um empate era suficiente para garantir o quinto lugar, que pode valer o 'bilhete' para as competições europeias na próxima temporada, mas seriam mesmo os vila-condenses a dispor da mais flagrante oportunidade de golo de todo o jogo, quando Barreto, aos 69 minutos, antecipou-se a João Góis, mas falhou a baliza pacense.
Com este resultado, o Rio Ave garantiu o quinto lugar, com 48 pontos, quatro de vantagem relativamente aos perseguidores Desportivo de Chaves e Marítimo, enquanto o Paços de Ferreira passou a somar 30, mais um do que os últimos Estoril-Praia e Vitória de Setúbal, ambos em zona de descida, adiando para a última ronda as contas da permanência.
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