Pepa: «Nós perdemos, porque o nosso objetivo era só um: ganhar o jogo»

"Nós perdemos, porque o nosso objetivo era só um: ganhar o jogo. A verdade é que deixámos o Feirense, na primeira parte, procurar muito a variação do jogo e o jogo longo e essas bolas estavam a criar-nos algumas dificuldades.

Fomos reativos e não pode ser. Falta pouco tempo, cada vez faltam menos jogos, menos pontos e nós em casa, ou fora, seja onde for, não podemos reagir só às adversidades ou ao golo sofrido ou à expulsão e parece que aí ganhámos uma alma enorme e conseguimos ir atrás do resultado.

Até poderíamos ter feito o segundo golo. Não o conseguimos, mas o que fica aqui e que temos de melhorar, temos de melhorar mesmo, é não ficarmos à espera das coisas, porque não podemos ter receio de perder, porque quem tem medo de perder acaba por perder os jogos e, nesse aspeto, temos de ser muito mais proativos e isso faltou.

A primeira parte foi com poucas oportunidades, tanto de um lado como do outro, o jogo um pouco esquisito, muita ansiedade das duas equipas, o que compreendo, agora essa ansiedade/precipitação, que não seja sinónimo de esperar, de ver o tempo correr para esperar por algo.

Não podemos esperar por algo, temos de ser nós a ir atrás. Obrigar o erro a ir atrás do golo, ir atrás da vitória e não só quando as coisas estão adversas, portanto, uma reação fantástica, a verdade é essa, com muita adversidade, ninguém baixou a cabeça, ninguém baixou os braços, fomos atrás com tudo, mas não chega 20, 30 minutos com menos um, tem de ser desde o primeiro minuto.

[Sobre os efeitos psicológicos de se manterem abaixo da linha de água] Espero que não e não vai ter, não pode ter. Não ia ficar nada decidido hoje, mas os resultados que também aconteceram, é verdade, podíamos ter subido alguns lugares na classificação, tínhamos chegado aos 27 pontos, não conseguimos, queríamos muito isso.

A ansiedade e a precipitação, infelizmente, vão acontecer muito nestes últimos jogos e temos de ter aí a capacidade de ter a cabeça fria com bola e sem bola temos de ser muito mais proativos.

Cada vez faltam menos jogos e menos pontos em disputa e não podemos deixar fugir oportunidades destas.

[Sobre os apupos dos adeptos] Reajo com naturalidade, não vi nem ouvi, estou focado nos jogadores e na equipa, porque o futebol e a vida de treinador é isto, portanto, nem dá tempo sequer para pensar nisso e nem se quer me merece comentários.".