O apelo à paciência da equipa e à compreensão dos adeptos marcaram esta sexta-feira a conferência do treinador do Benfica, Bruno Lage, relativa ao jogo com o Vitória de Setúbal, da sétima jornada da I Liga.
Depois de alguns adeptos se terem mostrado insatisfeitos com o desempenho dos ‘encarnados’ no empate 0-0 com o Vitória de Guimarães, quarta-feira, para a Taça da Liga, o técnico campeão nacional lembrou o percurso sob o seu comando - realçando os 103 golos da época passada e a conquista em agosto da Supertaça – e alertou para o que considerou ser “o negativismo” criado em torno dos jogadores.
“Não estamos todos [disponíveis], quando estamos todos conseguimos fazer mais coisas e cada um dos jogadores dá mais soluções. Temos de ser diferentes. É [preciso] perceber o momento e este é aquele momento em que é preciso olhar para o lema do Benfica: de todos, um”, afirmou Bruno Lage, deixando uma garantia: “Esta equipa vai dar muitas alegrias aos adeptos”.
Assinalando que não existe “neste momento uma tentativa de perceber ou dar valor ao que é feito” pela equipa do Benfica, Bruno Lage pediu o apoio e a exigência da massa associativa e seguiu a linha de raciocínio para se assumir como “rosto” do eventual insucesso.
“Deem-lhes o conforto necessário e percebam o momento. Queremos mais do que ninguém jogar bem. Nem toda a gente nos valoriza, mas percebemos muito bem o caminho que queremos e percebemos o que deixámos de ter de uma época para a outra. Continuem a apoiar, cá estarei eu sempre para ser o responsável de qualquer insucesso dos jogadores. Tudo aquilo que eles fazem em campo sou eu que lhes peço”, salientou.
Contra um adversário que tem apenas quatro golos sofridos no campeonato - e um marcado -, o técnico do clube da Luz fez questão de realçar a organização dos sadinos e a expectativa de uma equipa “fechada”, para assinalar que os seus próprios jogadores precisam de ser "pacientes" na abordagem ofensiva.
“Temos a perspetiva de encontrar uma equipa que vai entrar em campo a retardar ao máximo o nosso golo e com a intenção de criar perigo com os três homens de frente. Temos de ser pacientes. Essa paciência não implica uma circulação lenta, mas sim uma circulação em velocidade e paciente, de forma a tirar os homens do espaço onde queremos entrar para criarmos as nossas oportunidades de golo”, notou.
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