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Covid-19: Timor-Leste com arroz e milho suficiente para vários meses – Nações Unidas

O responsável do Programa Alimentar Mundial (PAM) em Timor-Leste disse hoje que apesar do atraso na época da chuva e de uma queda na produção, o país terá arroz e milho suficiente para as necessidades do país durante vários meses.

Covid-19: Timor-Leste com arroz e milho suficiente para vários meses – Nações Unidas

“A análise preliminar, também com base na análise climatérica, é de que esperamos ter uma produção menor do que no ano passado, passando de 47 para 40 mil toneladas. Além disso a chuva chegou um mês mais tarde do que o normal e por isso a colheita será atrasada”, referiu à Lusa Dageng Liu.

Ainda assim, explicou, a previsão é de que o país consiga responder durante vários meses às necessidades da população, já que o consumo médio mensal, no caso do arroz, ronda as “10 ou 11 toneladas”.

“Estamos a trabalhar em conjunto com a FAO e o Governo na revisão das nossas estimativas da produção para este ano”, explicou Liu.

A questão da segurança alimentar foi um dos aspetos referidos hoje durante um debate no parlamento relativamente às respostas do Governo à pandemia da covid-19 e aos seus efeitos em Timor-Leste.

Francisco Guterres, assessor do primeiro-ministro timorense, disse hoje num debate no parlamento que o país tem atualmente disponíveis cerca de 14 mil toneladas de arroz e que o Governo prevê que a colheita deste ano (até maio) ascenda a cerca de 40.200 toneladas.

Adiantou ainda que o Governo está a estudar a compra adicional de cerca de 30 mil toneladas a países do sudeste asiático, incluindo a Tailândia e o Camboja.

Dageng Liu alerta, porém, que a segurança alimentar do país continua a enfrentar problemas, tanto por questões como a seca, quer pelas restrições a transportes públicos por causa das medidas do estado de emergência em vigor.

“Trata-se aqui da questão de não só responder às necessidades de energia, mas também de nutrientes da população”, explicou.

“Os agricultores enfrentam um grande desafio para tentar fazer chegar a produção de frutas e verduras ao mercado e se o público não tem transportes públicos, também não consegue chegar ao mercado para comprar”, notou.

Ainda que “não se antecipe problemas no transporte de produtos de Díli para os vários municípios”, Dageng Liu refere que a maior incerteza é depois no transporte desses produtos ao nível municipal e até aos sucos e aldeias.

“Esse é um grande desafio. E afeta também, no sentido inverto, o rendimento dos agricultores”, explicou.

No caso do arroz e milho Liu nota que há fornecimento “para pelo menos três ou quatro meses” e que o país pode ter ainda “uma segunda janela de plantação”, pelo que os esforços do Governo devem incidir de imediato nesta questão.

O ministro interino coordenador dos Assuntos Económicos, Fidelis Magalhães, disse hoje à Lusa que incentivos à produção local fazem parte das medidas de cariz económico que o Governo está a estudar para responder aos efeitos da covid-19 no país.

Timor-Leste tem, até agora, oito casos da covid-19, dos quais um recuperado.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 133 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 436 mil doentes foram considerados curados.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

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