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Covid-19: Quase 4.000 trabalhadores cabo-verdianos com subsídio de 90 euros

O Governo cabo-verdiano atribuiu o Rendimento Solidário, de 90 euros, a quase 4.000 trabalhadores informais afetados pela pandemia de covid-19, quase 70% na ilha de Santiago, segundo dados do Ministério da Família e Inclusão Social.

Covid-19: Quase 4.000 trabalhadores cabo-verdianos com subsídio de 90 euros

Em causa está um novo regime no âmbito das medidas mitigadoras da crise provocada pela pandemia, nomeadamente o dever de confinamento geral estipulado pelo estado de emergência decretado em 29 de março, acabando desde logo com o negócio de centenas de trabalhadores informais, como vendedoras de rua e em mercados.

De acordo com dados do Ministério da Família e Inclusão Social, a que a Lusa teve hoje acesso, o Rendimento Solidário de 10.000 escudos (90 euros) foi atribuído a 3.984 trabalhadores informais, pertencentes ao regime não contributivo cabo-verdiano, que de outra forma, sem atividade e sem proteção social, não teriam qualquer rendimento durante este período.

Deste total, 2.677 são da ilha de Santiago – onde está situada a capital, Praia, e maior cidade do país - e 706 da ilha do Fogo, enquanto 133 do Sal, 146 de Santo Antão e 107 de São Vicente.

Este subsídio tem o pagamento único em abril, tendo o Governo admitido anteriormente a possibilidade de o prorrogar.

Incluindo trabalhadores por conta própria, abrangidos pelo Regime Especial das Micro e Pequenas Empresas (REMPE), o Rendimento Social deverá beneficiar este mês, segundo a previsão inicial do Governo, cerca de 30.000 pessoas, representando um investimento público de 300 milhões de escudos (2,7 milhões de euros).

Cabo Verde conta com um total de 113 casos de covid-19, distribuídos pelas ilhas da Boa Vista (52), de Santiago (60) e de São Vicente (01). Um destes casos, um turista inglês de 62 anos – o primeiro diagnosticado com a doença no país, em 19 de março -, acabou por morrer na Boa Vista, enquanto outros dois doentes foram dados como recuperados.

As três ilhas com casos confirmados de covid-19 estão em estado de emergência pelo menos até às 24:00 de 02 de maio, com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, a reservar para sexta-feira o anúncio da decisão sobre a sua prorrogação ou não.

As restantes seis ilhas habitadas terminaram o segundo período do estado de emergência às 24:00 de domingo, com a população a poder retomar alguma atividade, embora com restrições.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 224 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Cerca de 890 mil doentes foram considerados curados.

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