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Covid-19: Empresas angolanas vão ter «preço mínimo de referência» em alimentos nacionais

O ministro da Economia e Planeamento angolano anunciou hoje que a compra de bens de consumo nacionais aos produtores será por «preço mínimo de referência estipulado pelo Estado», no âmbito das medidas de alívio económico devido à covid-19.

Covid-19: Empresas angolanas vão ter «preço mínimo de referência» em alimentos nacionais

Sérgio Santos, que falava em videoconferência, em Luanda, num encontro de concertação com os agentes distribuidores agroalimentares sobre medidas de alívio económico, considerou que o produtor "não deve estar numa situação de indigência".

"O preço de compra vai ser estipulado pelo Governo para evitar que se coloque o cidadão ou a empresa que produz numa situação de perdas, o preço que vamos fixar vai-se chamar preço mínimo de referência, abaixo do qual ninguém vai fazer esse negócio com o dinheiro do Estado", disse.

O Governo angolano anunciou hoje que a linha de crédito do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) de 17,6 mil milhões de kwanzas (cerca de 30 milhões de euros) para apoio às empresas devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus tem 1.964 candidaturas.

A linha de crédito do BDA, com uma taxa de 9%, maturidade de dois anos e carência de capital de 180 dias visa financiar a compra dos operadores do comércio e distribuição aos produtores nacionais de produtos como o milho, mandioca, trigo, arroz, açúcar, batata, entre outros.

Para o governante angolano, um preço mínimo de referência na compra dos operadores aos produtores nacionais "visa repor o esforço da pessoa ao produzir".

O ministro angolano que apresentava os seus argumentos num auditório composto por operadores agroalimentares pediu também a "participação ativa dos empresários e união com o Governo" na resolução dos problemas socioeconómicos do país.

“Só o Governo e os empresários juntos é que são capazes de enfrentar os problemas que temos e dar a volta aos mesmos, se perdermos muito tempo a nos digladiar uns com os outros essa não vai ser de maneira nenhuma maneira de resolver os problemas que vivemos", frisou.

"Enquanto perdermos tempo em guerra não vamos conseguir alterar a situação socioeconómica do país, temos que chegar rapidamente à consciência que só unidos vamos dar a volta aos problemas", notou.

O governante acrescentou que tem de ser o “Governo e empresas contra os problemas do país”.

“Esses problemas estão contra nós e só assim é que vamos conseguir encontrar soluções comuns”, vincou.

Angola conta com 36 casos confirmados da covid-19, nomeadamente 23 casos ativos, dois óbitos e 11 recuperados.

O país cumpre a segunda prorrogação do estado do estado de emergência que estende até 10 de maio.

O parlamento angolano aprovou hoje a terceira prorrogação deste período de exceção temporária.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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