loading

CNRT, oposição timorense, acusa maioria de aproveitamento político

O CNRT, segunda força política timorense, acusou hoje a maioria de usar o estado de emergência decretado devido à covid-19 para «reforçar o seu poder» que considera ter sido obtido «de forma ilegal e inconstitucional».

CNRT, oposição timorense, acusa maioria de aproveitamento político

“A intenção é clara: com esta extensão querem reforçar o seu poder que obtiveram de forma ilegal e inconstitucional”, refere uma mensagem assinada pelos chefes das bancadas do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) e da União Democrática Timorense/Frente Mudança (UDT/FM).

“A Fretilin, com o apoio do PLP [Partido Libertação Popular] e do KHUNTO [Kmanek Haburas Unidade Nasional Timor Oan] (…) utilizaram conscientemente o estado de emergência devido à Covid-19 para fazer manobras políticas, incluindo o pedido de renovação do estado de emergência pela segunda vez”, refere o texto dos partidos que hoje não participaram no debate da renovação do estado de emergência no parlamento.

O CNRT os seus aliados (PUDD - Partido Unidade Desenvolvimento Democrático - e UDT/FM) reiteram que não participam em atividades organizadas pelo “presidente ilegal” do Parlamento, até que o Tribunal de Recurso se pronuncie sobre a legalidade da destituição de Arão Noé Amaral e da eleição de Aniceto Guterres Lopes.

“Porque o estado de emergência foi um instrumento político para reforçar a ganância do poder, o CNRT e os seus aliados não participam na plenária presidida pelo presidente do parlamento nacional ilegal, para a segunda extensão do estado de emergência”, refere o texto.

Na mensagem os partidos consideram que “este assalto ao poder viola a constituição da República Democrática de Timor-Leste, a lei e o regimento” e apelam ao Tribunal de Recurso que se pronuncie de forma “célere e justa” sobre a questão.

O CNRT considera que se podem fechar fronteiras e aplicar medidas de emergência sem ser necessário o estado de emergência, recorda que o país está sem casos ativos e que os que ocorreram foram importados, salientando o impacto do estado de emergência na economia e na vida da população.

Critica ainda o atraso do Governo na implementação das medidas socioeconómicas de resposta aos efeitos da pandemia, mostrando que o executivo “não tem capacidade de execução” das ajudas, ainda por pagar depois de dois meses de estado de emergência.

“Vemos que forma clara que com o estado de emergência, há uma pequena parte da sociedade com grande benefício e uma grande parte, o povo, não tem comida, perdeu trabalho, está a sofrer, com fome e a viver com dificuldades”, disse.

“Vemos assim que o estado de emergência foi um meio para o Governo formado com aliados ilegais, procurarem atingir os seus interesses políticos de poder”, afirmou.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Roger Schmidt tem condições para continuar no Benfica?