O treinador-adjunto Mário Nunes alertou hoje que o Gil Vicente precisa de se reencontrar com os triunfos, mas recusou o caráter decisivo da receção ao lanterna-vermelha Desportivo das Aves, na 28.ª jornada da I Liga.
“O jogo mais importante é sempre o próximo. Não podemos olhar dois ou três jogos à frente, nem encarar a partida como decisiva para o Portimonense. Se é determinante para alguém será sempre para o Aves, porque fica numa situação praticamente impossível se não amealhar pontos. Para nós é muito importante, até porque queremos dar a volta por cima o quanto antes”, abordou o técnico, em conferência de imprensa.
Mário Nunes, que vai substituir o castigado Vítor Oliveira, que foi expulso na derrota frente ao Marítimo (2-1), tomou “algum cuidado e prudência” na análise às contas da manutenção, mas reconheceu que os ‘galos’ apenas precisam de “estar sempre centrados” no seu trabalho para ficarem numa “situação perfeitamente cómoda”.
“Só sabemos se o Aves é o adversário ideal depois do jogo. O adversário está num contexto muito difícil, mas isso vale o que vale. Há jogadores que cerram os dentes em momentos de dificuldade e libertam-se totalmente. Estamos à espera que o Aves dê o máximo para atrasar aquilo que muita gente considera inevitável”, anteviu.
O Gil Vicente ainda não pontuou na retoma do campeonato devido a “falhas de concentração e mecanismos coletivos que se foram perdendo” com a paragem, fatores agudizados por “momentos de infelicidade” e uma “média de golos abaixo do habitual”, que não desmotivam um plantel “que trabalha muito, nem sempre da melhor forma”.
“Estávamos num momento muito bom e tivemos a paragem. Criou-se alguma expectativa em darmos sequência ao que vínhamos fazendo, mas não aconteceu. À medida que os resultados não aparecem é natural que surja alguma intranquilidade, mas estamos a trabalhar com muita confiança e convencidos que vamos dar a volta”, afiançou.
Indicando as recentes lesões no setor defensivo como outro entrave, o treinador-adjunto disse acreditar que a variação motivacional “é uma questão que não se põe” na reta final da I Liga, avisando que “30 pontos não chegam” para os gilistas consolidarem a meta traçada na temporada de regresso à elite do futebol português, na sequência do ‘caso Mateus’.
A trabalhar sob as ordens de Vítor Oliveira há seis anos, Mário Nunes prepara o encontro inaugural da 28.ª jornada sem os defesas Nogueira e Fernando Fonseca, entregues aos cuidados do departamento clínico do emblema de Barcelos.
O Gil Vicente, 11.º classificado, com os mesmos 30 pontos de Vitória de Setúbal e Belenenses SAD, nove acima da zona de descida, recebe o Desportivo das Aves, 18.º e último colocado, com 14 pontos, no domingo, às 21:00, no Estádio Cidade de Barcelos, numa partida com arbitragem de André Narciso, da associação de Setúbal.
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