loading

Carlos Carvalhal: «É um acesso à Liga Europa com um futebol de grande qualidade»

Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Rio Ave após a vitória do Rio Ave em casa do Boavista (2-0), na 34.ª e última jornada da I Liga portuguesa de futebol, que selou o apuramento para a Liga Europa dos vila-condenses.

Carlos Carvalhal: «É um acesso à Liga Europa com um futebol de grande qualidade»

Quero dar os parabéns, em primeiro lugar, aos meus jogadores, ao Rio Ave, ao presidente, a todo o ‘staff'. São impecáveis, é um grupo que não é muito extenso, mas tem uma fidelidade muito grande. Toda a gente trabalha e tem o objetivo de ajudar os jogadores a jogarem melhor. Uma palavra, também, aos adeptos.

Dar os parabéns, também, ao Famalicão pela excelente época. O João Pedro [Sousa] é meu amigo, vai ao meu aniversário, é um excelente treinador e o Famalicão fez uma época fantástica. Nós acabámos por ser mais regulares, sem quebras como o Famalicão teve depois de começar. Se o Famalicão estivesse na nossa posição, era também justo. Uma palavra de conforto para eles.

Nestas alturas, a experiência vai-nos dizendo que os exemplos que acontecem nos outros podem acontecer connosco. O que disse esta semana foi o exemplo da II Liga inglesa, em que o Nottingham Forest partia com cinco golos de avanço para o Swansea, e três pontos, e bastava o empate. O Swansea acreditou até ao fim, ganhou 4-1 ao Reading e o Nottingham perdeu por 4-1. Anulou a diferença de golos e acabou por ir ao ‘play-off'. Disse-lhes que temos de ir até ao fim, até ao último segundo, fazendo o nosso trabalho.

Foi um jogo difícil com o Boavista, conseguimos ganhar, não houve informações, porque eu tinha pedido para não existirem informações ao intervalo, no fim já havia informações. Cinquenta e cinco pontos, o máximo do Rio Ave era 51. Foi uma época fantástica, o melhor registo fora de casa da história, nove jogos sem perder, que iguala outro recorde, de Félix Mourinho.

Mesmo a vencer, nunca quisemos jogar cá atrás, com uma intenção clara de não gerir o resultado, mas de fazer o segundo golo.

É um acesso à Liga Europa com um futebol de grande qualidade, com grandes jogadores, mas fico com um amargo, porque esta equipa teria merecido ir à ‘final four' da Taça da Liga.

Cheguei a pedir a minha demissão, o presidente não aceitou. Senti-me extremamente magoado com o futebol português, com esse assunto, mas não deixo de recordar, devíamos ter lá estado.

(Sobre os 55 pontos e acesso à Europa) Quando definimos um objetivo de longo prazo, em Portugal ou noutros países, é uma falácia. Depois são as expectativas. ‘Disse que ia à Liga Europa e está em sétimo'... Há algum jogo de palavras durante a semana que tem influência nos adeptos e se repercute no rendimento dos jogadores. Por isso, não prometo nada, a não ser a ambição máxima de tentar vencer todos os jogos.

Quanto a dar o máximo, os jogadores foram inexcedíveis nisso, não tenho um único jogo com queixas quanto à atitude. Jogámos melhor e pior, mas sempre com nível elevado.

Fomos das equipas mais prejudicadas pela pandemia, estávamos num momento muito alto. Com aquela paragem, tivemos de fazer um reiniciar, nem correu da melhor maneira ao início.

(Sobre o interesse do Flamengo) Claro que estou satisfeito, nunca na vida tive tantas oportunidades em mão. Tenho várias, em Portugal, em Inglaterra e noutros países, é melhor não falar. Estou muito feliz com isso. É também, no fundo, a repercussão de uma época de grande qualidade. Querem que transporte o conceito do Rio Ave para esses clubes. Vou hibernar, depois vou falar com as pessoas à minha volta e ver o que vai acontecer".

Tarantini (capitão do Rio Ave): "Foi uma bela noite, para nós e para os vila-condenses. Para toda esta equipa. Sabíamos que não dependíamos de nós, tínhamos de fazer o nosso trabalho. Sabíamos que se estivéssemos focados podia sobrar para nós, e sobrou. O quinto lugar ficava bem a ambas as equipas, e dou os parabéns ao Famalicão.

De salientar esta grande época, mais uma vez fizemos história com o Rio Ave, pela quarta vez apurámo-nos para a Europa.

Não arrancámos [esta época] como queríamos, mas conseguimos evoluir o nosso jogo com resultados, e conseguimos até à paragem estar no nosso melhor. A paragem prejudicou-nos, mas conseguimos recuperar e disputámos este lugar até à última.

Estava muito tranquilo. Só no final soubemos o resultado que se passava no Marítimo-Famalicão. A experiência dá-nos esta tranquilidade, que tanto eu como o treinador passámos aos jogadores. Não valia de nada o outro resultado se não fizéssemos o nosso trabalho aqui. Fizemos um jogo excecional, e foi depois um bocadinho louco com o golo do Marítimo, e não sabíamos quando é que o jogo lá terminava. É o futebol, e o quinto lugar assenta bem às duas equipas.

(Sobre a prestação de Rio Ave e Famalicão e os orçamentos dessas equipas) Temos de dizer que ambas as equipas têm jogadores com muito boa qualidade, e isso garante aos treinadores a capacidade de um jogo que dá prazer jogar, disputar qualquer jogo de igual para igual.

Quero dar os parabéns ao Carlos Carvalhal, que tenha muito sucesso".

Mehdi Taremi (jogador do Rio Ave e autor dos dois golos): "Foi um grande ano e uma grande temporada, para mim e para o clube. Fizemos um grande trabalho, estivemos sempre juntos, dentro e fora do campo".

Confira aqui tudo sobre a competição.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Roger Schmidt tem condições para continuar no Benfica?