O treinador de futebol do Sporting, Paulo Bento, disse hoje que já falou com José Eduardo Bettencourt e confessou que, caso este vença as eleições, vai continuar no comando técnico dos ''leões''.
“Falei com José Eduardo Bettencourt. O que digo é que terminado este trajecto, e disse hoje também aos jogadores, é que eu poderia ser, ou não, treinador do Sporting na próxima época. O que disse a José Eduardo Bettencourt é que sim, iria com ele”, disse em conferência de imprensa.
Na última conferência de imprensa da temporada foi de novo abordado o tema da arbitragem, com o técnico a garantir que, caso continue no Sporting, não acredita que possa ser prejudicado por aspectos do passado.
“Só se for por corporativismo ou vingança. Se ficar vou continuar a fazer o meu trabalho. Cada um faz o seu trabalho e depois estamos todos expostos à crítica e os árbitros não são diferentes, mas têm tratamento diferente”, disse.
De seguida, o treinador lembrou a situação ocorrida no jogo com o Vitória de Setúbal, entre o árbitro Duarte Gomes e o seu adjunto Ricardo Peres, efectuando críticas a actuais e ex-dirigentes da APAF.
“O episódio com o Vitória de Setúbal, se fosse um jogador ou treinador, com certeza que tinha vindo qualquer dos últimos presidentes da APAF falar. Eu lembro-me do episódio do João Pinto e veio o senhor Vítor Reis quase pedir que fosse preso, aconteceu o meu na eliminatória da Taça de Portugal e apareceu o senhor António Sérgio, muito recentemente o senhor Luís Guilherme, mas não ouvi nenhum criticar o comportamento do Duarte Gomes. Mais um bocadinho e faziam do Peres o culpado”, afirmou.
O técnico foi depois irónico em relação a um futuro regresso de Duarte Gomes ao estádio José Alvalade: “O que o Sporting pode fazer é, quando o Duarte Gomes vier a Alvalade, por os guarda-redes a aquecer no meio campo e entregar umas luvas ao Duarte Gomes para ele ir para a zona da baliza. O problema fica resolvido”.
Paulo Bento garantiu que vai continuar a falar sobre o tema se permanecer no Sporting, lembrando ainda alguns casos, como o golo com a mão de Ronny, ex-Paços de Ferreira, em Alvalade, ou o lance da grande penalidade frente ao Benfica na final da Taça da Liga.
“O que critico é as actuações e critérios, como criticam as minhas decisões. Neste ciclo a verdade é que por duas mãos não temos um título e mais um troféu. Nesse caso os árbitros foram diferentes, mas o fiscal de linha era o mesmo”, afirmou.
O técnico aproveitou também a oportunidade para garantir que sempre teve o apoio de todas as estruturas do clube.
“Tive apoio total e se não tive mais apoio foi porque não quis. Quem tem que dar a cara pelos jogadores é o treinador”, concluiu.