O primeiro-ministro nomeou para a Sala de Situação do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), reativada para a resposta à covid-19, praticamente os mesmos elementos que estiveram nessas funções na primeira metade de 2020.
O despacho, assinado a 01 de fevereiro por Taur Matan Ruak e a que a Lusa teve hoje acesso, confirma que abaixo de si próprio, responsável máximo da Sala de Situação, ficará o brigadeiro-general João Miranda ‘Aluk’, como 2º comandante operacional.
“Na escolha das personalidades que liderarão as unidades funcionais da Sala de Situação foi considerada (…) a experiência que as personalidades propostas possuem, nomeadamente em matéria de liderança das unidades funcionais da sala que funcionou durante o primeiro semestre de 2020”, refere o despacho.
A reativação da Sala de Situação, que funciona na direta dependência do primeiro-ministro, ocorre entre, pelo menos, os dias 02 de fevereiro e 03 de março, período abrangido pelo atual estado de emergência.
O capitão-de-mar-e-guerra Donanciano Costa Gomes será o coordenador, enquanto o ex-primeiro-ministro e ex-ministro da Saúde Rui Araújo será coordenador da força-tarefa para a Prevenção e Mitigação da covid-19.
Odete da Silva Viegas, do Ministério da Saúde, será adjunta de Rui Araújo, enquanto Francisco da Costa Guterres coordenará a equipa de Estudos e Análise de Riscos.
José Leong será o coordenador do Secretariado de Administração e Finanças e Aurélio Guterres, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, é o coordenador do Destacamento de Reação Rápida.
Na passada terça-feira, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fidelis Magalhães, disse que o Governo decidiu reativar a Sala de Situação para melhor coordenar a resposta à pandemia, focando-se principalmente “nas áreas da fronteira”.
No despacho de reativação da Sala de Situação o primeiro-ministro considera que “face ao decretamento do estado de emergência e à necessidade de assegurar uma coordenação efetiva e eficaz de todos os organismos do Estado no sentido de responder à ameaça que representa a covid-19, torna-se absolutamente inevitável assegurar o funcionamento do CIGC como sala de situação”.
A sala de situação funciona no Centro de Convenções de Díli – onde esteve em 2020 - e terá também três unidades territoriais, na Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA), em Bobonaro e em Covalima.
As unidades territoriais serão responsáveis pela execução das atividades da sala de situação ao nível das circunscrições administrativas de primeiro escalão.
Fidelis Magalhães recordou que a situação na fronteira com Timor Ocidental, onde o número de casos de contágio comunitário continua a aumentar, é atualmente a maior preocupação das autoridades timorenses.
“A maior preocupação tem a ver com a entrada ilegal de quem foge aos testes e ao controlo sanitário por parte das autoridades, o que representa um risco bastante elevado. De resto temos feito um enorme esforço de controlar, de realizar testes, quarentena e isolamento que tem produzido resultados positivos, sem contágio comunitário”, referiu.
Timor-Leste tem atualmente 23 casos ativos da covid-19, estando 22 em isolamento em Díli e um no enclave de Oecusse-Ambeno.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.269.346 mortos resultantes de mais de 104,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.