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Aviões da cabo-verdiana TICV com recorde de 119 evacuações médicas em maca em 2020

Os aviões da transportadora aérea cabo-verdiana TICV asseguraram 119 evacuações médicas em maca, entre as ilhas do arquipélago, em 2020, um aumento de 28% face ao ano anterior, anunciou hoje a companhia.

Aviões da cabo-verdiana TICV com recorde de 119 evacuações médicas em maca em 2020

Em comunicado, a Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV) refere que em todo o ano de 2020, o total de pacientes em evacuações médicas nos aviões daquela companhia aérea chegou aos 516, com o pico em janeiro, quando assegurou o transporte de 73 doentes, dos quais 11 em maca.

A companhia explica que foram transportados 119 doentes em maca, mais 26 do que em 2019 (+28%) - 79 em 2018 -, “uma parte significativa” assegurada em voos especialmente realizados durante a suspensão das ligações domésticas que vigorou até 15 de julho, devido à pandemia de covid-19.

“São indicadores históricos que demonstram o empenho da TICV e do nosso ‘staff’ em prestar um serviço que é fundamental para a população cabo-verdiana e para com o país”, afirma o diretor-geral da companhia aérea, Luis Quinta, citado no comunicado.

A companhia acrescenta que em 2018 realizou um total de 578 evacuações médicas, número que subiu para 675 em 2019, no âmbito da colaboração com o Ministério da Saúde e Segurança Social e as autoridades sanitárias de Cabo Verde, dentro dos voos comerciais de passageiros que realiza no arquipélago, face à ausência de meios aéreos do Estado cabo-verdiano.

Apesar da importância da operação, a companhia recorda que estas evacuações médicas também explicam parte dos atrasos nos voos, “algo bem compreendido e aceite pelos passageiros”.

“É um grande esforço conjunto que todos os dias é feito para que esta assistência não falhe, integrada com o serviço regular de passageiros. Mas os números demonstram que tem sido possível, prestado com rapidez e sempre em segurança, seguindo todos os protocolos e as instruções acordadas, apesar das dificuldades, que conhecemos bem, de um país arquipelágico como é Cabo Verde”, garante Luis Quinta.

A TICV assegurou em 2018, globalmente, 578 evacuações médicas, número que subiu para 675 em 2019, no âmbito dessa colaboração com o Ministério da Saúde e Segurança Social de Cabo Verde.

Reconhece ainda o papel decisivo, em terra, das equipas da empresa estatal de gestão dos aeroportos ASA e da CV Handling, Bombeiros, Delegacias de Saúde, Instituto Nacional de Previdência Social e do próprio Ministério da Saúde e da Segurança Social no processo de evacuações médicas através dos aviões da TICV, que já transportaram 56 pacientes em janeiro deste ano, nove das quais em maca.

Segundo a TICV, estas evacuações médicas são feitas “garantindo os procedimentos internos e externos de segurança da aviação, previamente estabelecidos, bem como as normas internacionais aplicáveis definidas pela Resolução 700 da IATA (International Air Transport Association)”.

A companhia assinalou em 2019 o milhão de passageiro transportados em Cabo Verde e assegura as ligações aéreas para sete ilhas do arquipélago com três ATR-72 500, com capacidade para 72 passageiros, operação que tem sido progressivamente recuperada desde 15 de julho, após mais de três meses de suspensão dos voos comerciais, devido à pandemia de covid-19.

A empresa foi levada a tribunal em Cabo Verde nos últimos anos em duas ocasiões, que aguardam desfecho final, pela recusa na realização de evacuações médicas, tendo alegado, como base da decisão das suas equipas, o incumprimento das normas de segurança nacionais e internacionais para este tipo de transporte e o risco que essas evacuações não autorizadas representavam para os passageiros e tripulação dos respetivos voos.

No Orçamento Retificativo do Estado de Cabo Verde para 2020 estava prevista uma dotação específica de 600 milhões de escudos (5,5 milhões de euros) para a aquisição de um “avião para emergências”, através do Ministério da Defesa (Guarda Costeira), para garantir, nomeadamente, as evacuações médicas entre as ilhas, atualmente feitas por voos comerciais.

A Guarda Costeira contava com um avião Dornier, mas que, entretanto, ficou inoperacional e será vendido.

“O Governo entendeu, de acordo com os estudos feitos por técnicos e especialistas, em como o custo da manutenção do Dornier é muito mais elevado do que o montante que precisamos para adquirir um avião mais novo e em condições. E mais adaptado para fazer as duas coisas [evacuações e patrulhamento]”, afirmou anteriormente o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia.

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