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A Bélgica, adversária de Portugal nos oitavos de final do Euro2020, conseguiu um percurso imaculado na fase de grupos, assente num futebol de qualidade e em individualidades com capacidade para levarem os ‘diabos vermelhos’ ao primeiro troféu internacional.
Na sexta participação num Europeu, os belgas impuseram a ‘lei do mais forte’ no Grupo B, vencendo os três jogos, o primeiro dos quais de forma categórica, com a Rússia (3-0), com um ‘bis’ de Romelu Lukaku e um golo de Thomas Meunier.
Diante da Dinamarca, a Bélgica sentiu maiores dificuldades e teve de dar a volta ao tento madrugador de Yussuf Poulsen, acabando por vencer por 2-1, graças a Thorgan Hazard e Kevin de Bruyne, que saiu do banco, depois de ter falhado a partida com os russos, por lesão.
O registo 100% vitorioso no Grupo B foi concretizando frente à Finlândia, num triunfo por 2-0, com Hradecky a fazer um autogolo e Lukaku a assinar o terceiro tento na prova, ele que foi um dos principais artífices da conquista do título italiano 2020/21 por parte do Inter de Milão.
A Bélgica arrecadou a liderança, com nove pontos, mais seis do que os restantes oponentes, sendo que a Dinamarca foi a outra seleção do grupo a apurar-se para a próxima fase, enquanto segunda colocada.
Além das três vitórias, a formação comandada, desde 2016, pelo espanhol Roberto Martínez assinou sete golos, os mesmos de Itália e Portugal, e terminou a primeira fase com um dos melhores ataques, apenas superada pelos Países Baixos, que marcaram oito no Grupo C.
Por outro lado, a líder do ‘ranking’ da FIFA divide com a Espanha o terceiro melhor registo defensivo, com um tento sofrido, atrás de Itália e Inglaterra, que ainda não consentiram qualquer tiro certeiro.
Se os números são importantes para demonstrar a capacidade de uma equipa, a qualidade coletiva e individual permite ver mais além. No caso dos belgas, basta um olhar não tão distante quanto isso para observar a variabilidade de opções de uma geração que está no auge da carreira e que vê no Euro2020 a ‘montra’ ideal para deixar marca.
O guarda-redes Thibaut Courtois, do Real Madrid, é o indiscutível dono da baliza, enquanto Alderweireld (Tottenham), Vertonghen (Benfica), Vermaelen (Vissel Kobe), Boyata (Hertha) ou Meunier (Borussia Dortmund) oferecem experiência à defensiva.
No meio-campo, o ex-benfiquista Axel Witsel, Youri Tielemans, Ferreira-Carrasco ou Thorgan Hazard dão controlo e amplitude ao jogo da equipa, mas o principal nome é, indiscutivelmente, Kevin de Bruyne, um dos melhores jogadores do mundo, campeão inglês pelo Manchester City e em quem recaem parte das esperanças belgas.
No entanto, não é o único, tendo em conta os ‘nomes’ que compõem a ofensiva dos ‘diabos vermelhos’, a começar por Eden Hazard, relegado para segundo plano no Real Madrid, face às inúmeras lesões, e Lukaku, passando por Dries Mertens (Nápoles), Christian Benteke (Cristal Palace) e até mesmo o jovem e velocíssimo Jérémy Doku (Rennes), de 19 anos.
Em 2016, a Bélgica, que já era considerada uma possível candidata à vitória final, esteve próxima de se cruzar com Portugal, só que foi surpreendida pelo País de Gales nos quartos de final e ‘promoveu’ o duelo entre galeses e lusos nas ‘meias’.
Portugal e Bélgica disputam a partida dos oitavos de final do Euro2020 no domingo, a partir das 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio de La Cartuja, em Sevilha.
O Euro2020, que foi adiado para este ano devido à pandemia de covid-19, decorre até 11 de julho, em 11 cidades de 11 países diferentes.
Confira aqui tudo sobre a competição.
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