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Irão: Novo Presidente define luta contra covid-19 e economia como prioridades

A luta contra a pandemia de covid-19 e a recuperação da economia serão as prioridades do novo governo iraniano, disse hoje o Presidente do Irão, Ebrahim Raissi, ao apresentar o seu gabinete no parlamento.

Irão: Novo Presidente define luta contra covid-19 e economia como prioridades

O Irão tem enfrentado uma crise económica desde que o ex-presidente norte-americano, Donald Trump, restabeleceu as sanções dos EUA contra o país em 2018, depois de Washington ter abandonado o acordo nuclear das grandes potências com Teerão.

A crise é amplificada pela pandemia de covid-19 que está a atingir duramente o país, a braços com uma "quinta vaga" da doença, alimentada pela variante Delta, altamente contagiosa.

"A principal prioridade do governo é controlar o coronavírus, melhorar a situação sanitária e efetuar a vacinação em larga escala", disse Ebrahim Raissi, citado pela agência France-Presse.

"A economia e as condições de vida são a segunda prioridade", acrescentou Raissi, prometendo "justiça e progresso".

Ebrahim Raissi, considerado um ultraconservador, substituiu o moderado Hassan Rohani como Presidente da República Islâmica do Irão no início de agosto.

O parlamento deverá debater durante vários dias a escolha dos membros do gabinete de Raissi - uma equipa só de homens - antes de um voto de confiança esperado para quarta-feira.

O Irão tem registado números recorde de infeções e mortes pelo vírus que provoca a covid-19 desde o início do mês.

Segundo números oficiais iranianos, que algumas autoridades locais admitem estar subestimados, a doença matou mais de 100.000 pessoas no país.

Perante os deputados, Raissi defendeu a sua escolha para ministro da Saúde do médico oftalmologista Bahram Einollahi, que se opôs anteriormente à utilização de vacinas fabricadas nos Estados Unidos, Reino Unido ou França.

Segundo alguns ‘media’ iranianos, o novo ministro foi um dos signatários de uma carta aberta publicada em janeiro por cerca de 200 médicos alertando que as vacinas fabricadas naqueles países poderiam causar "complicações desconhecidas e irreversíveis".

Alguns dias antes, o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, tinha proibido todas as importações de vacinas contra o novo coronavírus produzidas nos EUA ou no Reino Unido.

O governo de Hassan Rohani queixou-se várias vezes na primavera de que não podia importar as doses de vacinas necessárias, especialmente da China, Rússia e Índia, devido às sanções dos EUA, que isolam o Irão do sistema financeiro internacional.

O Irão tem utilizado vacinas produzidas localmente que não estão disponíveis em quantidades suficientes.

Segundo dados oficiais, apenas 5,4 milhões de pessoas de uma população total de cerca de 83 milhões receberam duas doses da vacina contra a covid-19 no Irão.

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