Crónica: Vizela ‘intenso’ elimina detentor da Taça reduzido a ‘nove’

A equipa treinada por Álvaro Pacheco marcou o único golo do desafio aos nove minutos, por Nuno Moreira, num vistoso ‘arco’ de meia distância indefensável para Matheus, e seguraram a margem mínima com vários contra-ataques perigosos em resposta ao assédio ofensivo dos bracarenses, que tiveram dois jogadores expulsos: Abel Ruiz, aos 29 minutos, e André Horta, aos 89.

Com a passagem aos quartos de final, os vizelenses igualaram as melhores prestações da sua história na ‘prova rainha’, alcançadas em 1983/84 e em 1988/89 – foram eliminados pelo Sporting em ambas as ocasiões -, enquanto os arsenalistas estão de fora das duas taças nacionais, após a eliminação da Taça da Liga há uma semana, com a goleada sofrida perante o Boavista (5-1).

Os homens equipados de vermelho e branco remataram pela primeira vez aos 11 segundos, por Ricardo Horta, e tentaram desde logo ‘empurrar’ o jogo para as imediações da área vizelense, através de uma pressão adiantada que garantisse recuperações de bola o mais imediatas possível.

Nesse processo, a equipa treinada por Carlos Carvalhal deixou ‘vazios’ entre a defesa e a linha de meio-campo, tendo sido um deles aproveitado pela equipa da ‘casa’ para ‘inaugurar o marcador’: ainda de fora da área, Nuno Moreira fletiu da esquerda para o centro e assinou um remate forte, com um ‘arco’ indefensável para Matheus.

Com mais iniciativa até ao golo sofrido, os arsenalistas intensificaram o esforço ofensivo e viram o empate ser-lhes negado pelo guarda-redes Pedro Silva, em defesas a um remate de longe de André Horta (12 minutos) e a um cabeceamento de Diogo Leite (17), antes do Vizela reajustar a defesa para ‘tapar’ os caminhos da sua baliza.

A formação de Álvaro Pacheco criou ocasião flagrante para dilatar a vantagem aos 26 minutos, quando Cassiano apareceu isolado após lançamento para as costas da defesa bracarense, contornou o guardião adversário e viu Diogo Leite negar-lhe o golo.

No início desse lance, Abel Ruiz atingiu o tornozelo de Nuno Moreira com a sola da chuteira esquerda e viu o cartão amarelo, antes de Nuno Almeida mudar a cor do cartão para vermelho, aos 29, depois de ter consultado o videoárbitro.

Os ‘azuis’ controlaram o último quarto de hora da primeira parte, antes de o Sporting de Braga regressar para a segunda metade com três ‘novidades’ – Bruno Rodrigues, Al Musrati e Mario González – e ganharem novo ‘fôlego’ ofensivo, com movimentos mais elaborados.

O golo do empate esteve próximo em remates de André Horta, aos 62 minutos, e de Roger, extremo de 16 anos recém-entrado, aos 67, já depois dos anfitriões terem ameaçado o segundo golo em remates do ‘endiabrado’ Nuno Moreira, aos minutos 54 e 56.

Na sequência do balanceamento ofensivo arsenalista e da respetiva exposição ao contra-ataque, o perigo continuou a rondar as balizas e Cassiano falhou o 2-0 por centímetros, aos 72, antes de Roger ameaçar de novo o golo aos 73, precedendo o ‘assalto’ final à baliza de Pedro Silva, sem ocasiões claras de golo.