O ex-Presidente da República timorense José Ramos-Horta foi hoje o primeiro no país a receber a terceira dose da vacina contra a covid-19, que começa a ser administrada a idosos, pessoas com comorbidade e equipas da linha da frente.
Ramos-Horta disse que foi ele próprio que solicitou a terceira dose da vacina, explicando que recebeu a sua primeira dose em abril do ano passado e que é importante manter a força da prevenção contra a covid-19.
Notando a importância que a vacinação tem tido em Timor-Leste no que toca à redução de hospitalizações e mortes, Ramos-Horta recordou que vários países em todo o mundo iniciaram já programas de reforço de vacinas.
“Apelo a todos os que receberam as primeiras duas doses há pelo menos seis meses e que sejam contactados para a terceira dose, o façam para prevenir a covid-19”, disse aos jornalistas.
As autoridades timorenses explicaram que no país, onde a maior parte dos vacinados recebeu AstraZeneca ou Sinovac, serão usadas vacinas da Pfizer para a terceira dose, com o país a ter stock suficiente para os primeiros abrangidos.
Em concreto, e segundo as autoridades, há atualmente cerca de 4.500 doses da vacina – que tem sido administrada a menores de 18 anos – disponíveis nos armazéns em Díli.
A ministra da Saúde, Odete Belo, disse que se estima que sejam necessárias cerca de 6.000 doses para o primeiro grupo de pessoas abrangidas pelo reforço da vacina.
Timor-Leste tem atualmente nove casos ativos de pessoas infetadas com SARS-CoV-2 – sete em Díli e dois em Bobonaro -, com um total de 122 mortes e 19.842 casos registados desde o início da pandemia.
Nas últimas 24 horas realizaram-se no país 164 testes, sem que tenha havido qualquer caso positivo registado.
No que se refere à vacinação, já receberam pelo menos a primeira dose 83,4% da população com mais de 18 anos, com 68,2% da população desse grupo etário já com a vacinação completa.
A covid-19 provocou 5.441.446 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.