Mundial clubes: Chelsea sofre com Al Hilal, mas disputará final com o Palmeiras

Foi aos 32 minutos que o lateral esquerdo Al Shahrani, um dos melhores em campo, se precipitou num corte de cabeça, acabando por ‘assistir’ o avançado belga Romelu Lukaku que, na pequena área, fez o mais fácil, no que seria o único tento da partida.

Assim, no sábado disputa-se a final mais ‘anunciada’, entre o Chelsea e o Palmeiras, o campeão da Europa e o conjunto mais forte da América do Sul, que na terça-feira bateu os egípcios do Al-Ahly por 2-0, sendo que Abel Ferreira tem a responsabilidade de acabar com uma série de oito triunfos consecutivos de conjuntos do Velho Continente.

Já os sauditas do Al Hilal, campeões asiáticos, vão disputar o terceiro lugar com o Al-Ahly, que detém o cetro africano.

Mesmo privado do seu treinador, Thomas Tuchel, que falhou o desafio devido à covid-19, o Chelsea foi bem superior na primeira parte, na qual podia ter resolvido; o Al Hilal surgiu transfigurado após o intervalo, dominou um adversário incapaz de se recuperar e ameaçou discutir a eliminatória.

O conjunto britânico, que entrou diretamente para as meias-finais, aproveitou a oferta defensiva de Al Shahrani quando o adversário, que na ronda anterior tinha goleado os anfitriões do Al Jazira por 6-1, já se tinha estabilizado de algum desacerto defensivo inicial.

O Chelsea, que não teve um único inglês no ‘onze’ inicial, rematou muito mais e teve 62% de posse de bola na primeira parte, começando com nova ameaça, de Kai Havertz, que ligou o turbo e, ao entrar na pequena área, picou a bola, acertando no poste mais próximo.

Esse lance foi quase uma exceção dos londrinos no segundo tempo, pois o Al Hilal, com seis sauditas de início, mais o ex-portista Marega e o ex-sportinguista Matheus Pereira no ‘onze’ e André Carrillo no banco, pegou no jogo e começou a ameaçar, valendo ao Chelsea a qualidade de Kepa.

Ante um opositor transfigurado, o guarda-redes espanhol negou o golo a Marega, que aos 63 lhe apareceu isolado sobre a direita, e, aos 68, voltou a brilhar para desviar para canto um golo ‘cantado’ de Mohamed Kanno, antes de Matheus Pereira (70) ter errado o alvo por muito pouco.

A pressão dos sauditas acabou por afrouxar na parte final, precisamente quando Leonardo Jardim refrescou a equipa com as entradas de Carrillo e Michael, que apenas permitiram ao opositor serenar e passar a controlar.