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Gastos do Vitória têm de ‘cair’ para os 12 a 13 ME – António Miguel Cardoso

O candidato da lista A às eleições do Vitória de Guimarães, António Miguel Cardoso, defende que os gastos do clube da I Liga portuguesa de futebol devem ser reduzidos para os 12 a 13 milhões de euros (ME).

Gastos do Vitória têm de ‘cair’ para os 12 a 13 ME – António Miguel Cardoso

Concorrente à presidência dos minhotos pela segunda vez, após ter recolhido a segunda maior votação no sufrágio de 2019 – 2.202 votos (31,1%) -, o empresário de 45 anos salientou, em entrevista à Lusa, a necessidade de diminuir os cerca de 20 ME de custos anuais na SAD, face ao passivo de 61,7 ME e aos capitais próprios negativos de 3,8 ME (falência técnica).

“Temos de voltar lentamente para gastos na ordem dos 12 a 13 ME. Neste momento, estamos nos 20. Não podemos entrar e reduzir a despesa de um dia para o outro, mas isso tem de ser feito de forma gradual. Queremos restruturar o clube para depois o voltar a expandir, mas de forma rigorosa”, realçou, antes do sufrágio marcado para sábado.

Além de censurar o “excesso de despesa”, o líder da candidatura ‘Mais Vitória’ criticou também a antecipação de receitas televisivas pela administração liderada por Miguel Pinto Lisboa, associada a um empréstimo de 20 ME pelo fundo norte-americano Apollo, e a perspetiva “excessivamente otimista” do plano de recuperação financeira aprovado pela SAD, em 15 de dezembro de 2021.

Caso seja eleito, António Miguel Cardoso disse já ter contratualizada uma injeção de dinheiro para “pagamento de salários e a fornecedores”, que pode ultrapassar os 10 ME, conforme as necessidades do emblema minhoto.

Apesar de defender o corte de “gorduras”, com redução de salários na equipa principal e do número de jogadores com contrato profissional, nomeadamente na equipa sub-23, o ‘rosto’ da lista A crê que a equipa principal deve lutar sempre pela qualificação para as provas da UEFA, com jogadores oriundos de “parcerias com clubes ‘grandes’ estrangeiros” e dos escalões de formação.

“É possível termos uma equipa forte no próximo ano, que lute por lugares europeus. O Rio Ave, o Santa Clara e o Paços de Ferreira apuraram-se com menos recursos. E o Gil Vicente também pode conseguir. Com a massa adepta que temos e os orçamentos que teremos, teremos obrigação de andar muito acima desses clubes”, comparou.

Crítico da “política desportiva muito fraca” que vigora desde 2019, marcada, a seu ver, pela “falta de responsabilidade” do presidente em relação ao diretor desportivo Carlos Freitas, durante as épocas 2019/20 e 2020/21 – sétimo lugar na I Liga em ambas -, António Miguel Cardoso rejeitou dar ‘carta branca’ para o nome que escolheu para a função, Diogo Boa Alma.

“É dos poucos diretores desportivos que, com poucos recursos, fez muito. Teve a capacidade de valorizar muitos jogadores [no Santa Clara, entre 2016 e 2021]. É um diretor desportivo com capacidade administrativa (…). Mas a tal ‘carta branca’ não existirá, a nível financeiro, porque vamos ter tetos estruturados, e a nível desportivo, porque a última decisão é sempre do presidente”, esclareceu.

O candidato à liderança do Vitória de Guimarães defendeu ainda o reforço da “cultura de clube”, com “um tipo de comunicação e de liderança” que motive os treinadores e jogadores dos vários escalões a serem melhores, e uma “aposta constante na formação”, com os “jovens atletas” a terem sempre “portas abertas” para a equipa principal.

Disposto a trabalhar na eventual parceria com a Câmara Municipal de Guimarães para a edificação de uma segunda academia para o futebol vitoriano, António Miguel Cardoso vê ainda hipóteses de aumento das receitas com a organização de eventos e com a venda do ‘naming’ do Estádio D. Afonso Henriques, e também através do aumento do número de camarotes.

Convicto de que o Vitória precisa de uma relação mais próxima com os seus associados, António Miguel Cardoso disse ainda imaginar dias de jogos no D. Afonso Henriques em que os espetadores se concentrem “duas horas mais cedo” na área envolvente ao estádio, com uma ‘fan zone’ onde possam adquirir produtos e “confraternizar”.

Nas eleições de sábado, a lista A, encabeçada por António Miguel Cardoso, vai concorrer aos órgãos sociais do Vitória de Guimarães com a lista B, de Alex Costa, e com a lista C, de Miguel Pinto Lisboa, presidente do clube desde 2019.

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