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Armando Evangelista: «Foi uma época difícil, sem dúvida»

Declarações de Armando Evangelista, treinador do Arouca, após o jogo Arouca-Belenenses SAD (0-0), da 34.ª e última jornada da I Liga, disputado hoje em Arouca.

Armando Evangelista: «Foi uma época difícil, sem dúvida»

“Foi uma época difícil, sem dúvida. Deixo uma palavra à equipa técnica e aos jogadores, pois foram fantásticos. Manter um grupo unido perante às dificuldades é uma tarefa árdua, mas fizemos um trabalho fantástico.

Ao longo da época, tivemos muitos percalços. Se houve aqui algum ‘clique’, foi quando estabilizámos. Existiram duas alturas complicadas. Uma delas foi quando iniciámos a I Liga com um plantel praticamente nu e enfrentámos os três primeiros embates com uma série de jogadores que não faziam parte dos nossos planos. Um bem-haja para eles.

Depois, começámos a conseguir contratar, a equilibrar e a ter treino. Acreditámos que o grupo se estava a compor, mas houve uma altura em que apareceram algumas lesões, estivemos quatro jogos com um único guarda-redes disponível e vacilámos um pouco.

Depois, voltámos a ter um grupo que nos dava garantias, até que surgem novas lesões. Mais uma vez, o grupo sentiu isso. Juntámos os cacos e mostrámos que aqueles que estavam disponíveis eram capazes. A mensagem foi bem recebida e por isso estamos aqui a festejar a manutenção no escalão principal perante todas estas dificuldades.

Por vezes, quando as coisas não funcionam, há sempre um único culpado por tudo. É o treinador. É a mentalidade desportiva que temos. É um sentimento de tal satisfação, porque estamos a falar num trabalho de dois anos, que culminou nesta manutenção.

Estávamos cientes destas dificuldades, mas conseguirmos aguentar dois anos enquanto equipa técnica é um alerta. Não é só o Arouca, porque isto também aconteceu com o Vizela e o Estoril Praia. É muito fácil despedir uma equipa técnica quando se acaba de subir à I Liga e transitamos com 16 jogadores de campeonatos inferiores. À primeira derrapagem, dizem que o treinador era bom na II Liga e já não serve para a I Liga.

Houve continuidade. São dois anos de trabalho e persistência e sinto que isto é muito nosso. Não herdei nada, mas construímos a subida à I Liga e esta manutenção. É óbvio que qualquer equipa técnica se sente orgulhosa, porque isto acontece muito pouco no futebol. Este ano foi exceção e pode ser um motivo de aprendizagem para muita gente.

Sabemos como é o futebol. Trabalhei muitos anos num clube que tinha um presidente muito carismático que dizia que, no futebol, o que hoje é verdade, amanhã é mentira. Cresci com isso. Hoje sou treinador do Arouca com muito orgulho e satisfação. Amanhã, não sei. Tenho mais um ano de contrato e espero que o meu futuro seja no Arouca. Se não for, vou continuar a ser treinador. Esse é o meu futuro. Já o meu futuro próximo é procurar dormir mais duas horas por dia do que as que dormi nos últimos dois anos”.

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