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Treinador Guilherme Farinha pondera novo desafio na Costa Rica

O treinador Guilherme Farinha está a ponderar um novo desafio no principal campeonato de futebol da Costa Rica, onde já se sagrou bicampeão pelo Alajuelense na viragem do milénio e esteve ultimamente a assessorar o Carmelita.

Treinador Guilherme Farinha pondera novo desafio na Costa Rica

“Vou ter reuniões nestes próximos dias, mas o voo de regresso a Portugal está marcado para domingo. As pessoas pedem e querem que fique, mas vou ter de tomar decisões. Neste momento, ser treinador de um clube da segunda divisão aqui não vai ao encontro dos meus desejos e daquilo que pretendo. Também já não me chega ficar na Associação de Treinadores de Futebol da Costa Rica [ASEFUT], porque o meu ADN é de treinador, mas numa equipa de primeira divisão”, expressou à agência Lusa o técnico, de 66 anos.

Convidado para assessorar a equipa técnica do Carmelita, que comandara em três fases distintas (2013-2015, 2017 e 2019), Guilherme Farinha retornou àquele país da América Central em 29 de abril para vivenciar as decisões do ‘play-off’ de promoção à I Divisão.

“O clube tinha essa ideia de subir, e com toda a razão, porque havia uma equipa de valor e jovem. Passaria, depois, a treinador principal já na divisão maior e contrataríamos os jogadores de melhor perfil para lutarmos por aquilo que há já uns anos quase consegui, que era levar o Carmelita aos quatro primeiros classificados, tentando fazer com que um clube de bairro lutasse com os grandes e lograsse a proeza de ser campeão”, apontou.

A ascensão dos ‘carmelos’ à elite ao fim de quatro épocas esbarrou nas derrotas ante o Puntarenas (0-1 fora e 0-2 em casa), na final do ‘play-off’, numa altura em que “outros clubes” também aproveitavam a proximidade do técnico lisboeta para “fazer contactos”.

“Fiquei muito lisonjeado com o convite da ASEFUT para me tornar seu filiado, dar cursos aos treinadores locais e ser o responsável dos conteúdos a lecionar em cada nível. Tive ainda diversos convites para dar palestras em academias e clubes. Sinto que as pessoas me respeitam e gostam de mim como ser humano. Por isso, estou muito feliz”, valorizou.

Guilherme Farinha evidenciou “gratidão e emoção” pelo novo périplo na Costa Rica, país que “ficou no coração” depois de “muitos anos de trabalho”, dispersos por Herediano (2005/06), Carmelita, La U Universitarios (2015/16) ou Turrialba (2018) e abrilhantados pelos dois cetros na primeira de duas passagens pelo Alajuelense (1999-2001 e 2016).

“Fomos bicampeões da Taça Interclubes da União Centro-Americana de Futebol e ainda ‘vices’ da Liga dos Campeões da CONCACAF. Em 2000, o Alajuelense era 27.º colocado do ‘ranking’ mundial de clubes da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol [IFFHS]. Em maio de 2022, estava no 218.° lugar. Depois, venci dois prémios de melhor treinador do ano e vi também nove jogadores locais do clube serem convocados para o Mundial2002. Foi um trabalho muito bom entre equipa técnica e plantel”, lembrou.

Durante as partidas das duas principais divisões observadas nas derradeiras semanas, o treinador constatou “com um misto de tristeza e admiração” que “não tenha havido uma evolução da qualidade e dos conhecimentos a nível técnico” no futebol costa-riquenho.

“Há atletas com talento. Dou o exemplo do Keylor Navas, do Paris Saint-Germain, que é um dos melhores guarda-redes do mundo, mas há outros a atuarem fora do país. Agora, num contexto global em relação à vertente física, técnica e tática e ao conhecimento e qualidade do jogo, senti que a Costa Rica estagnou no tempo, infelizmente”, considerou.

Os ‘ticos’ almejam a sexta presença, e terceira consecutiva, no campeonato do Mundo, que depende de uma vitória no ‘play-off’ intercontinental com a Nova Zelândia, em 14 de junho, em Al Rayyan, no Qatar, esperando Guilherme Farinha que “joguem no máximo”.

“Ficarei muito feliz se for ao Mundial do Qatar, mas a Costa Rica sofreu muito e esteve à beira de não se apurar. Valeu pelos resultados positivos nos últimos jogos, a ganhar pela margem mínima e de forma tremida. A Nova Zelândia é forte fisicamente, tem qualidade de jogo e jogadores altos e com certa experiência, Não vai ser fácil em nada”, alertou o primeiro treinador luso a sagrar-se campeão na América do Norte, Central e Caraíbas.

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