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I Liga Play-Off: Chaves escalou todas as montanhas para regressar ao topo do futebol português

O Desportivo de Chaves assegurou hoje o regresso ao topo do futebol português, depois de três temporadas afastado, graças a uma recuperação incrível na II Liga portuguesa de futebol e à vitória no ‘play-off’ frente ao Moreirense.

I Liga Play-Off: Chaves escalou todas as montanhas para regressar ao topo do futebol português

Empurrado para o ‘play-off’ de acesso à I Liga na derradeira jornada do segundo escalão, os flavienses ultrapassaram o Moreirense, antepenúltimo do principal escalão, em dois jogos, para fazerem a festa da subida.

Na primeira mão venceram por 2-0 em casa, seguindo-se uma derrota por 1-0 em Moreira de Cónegos, que permitiu a promoção, três anos depois da descida.

A temporada dos flavienses esteve longe de começar fulgurante e a equipa às ordens de Vítor Campelos chegou a ser dada como arredada da luta pela subida.

De resto, o Desportivo de Chaves foi afastado da Taça da Liga ao primeiro jogo, com o Farense (1-2), e da Taça de Portugal também à primeira eliminatória, ao perder por 2-0 em casa do Felgueiras 1932, do terceiro escalão.

Até à 12.ª jornada, o conjunto de Trás-os-Montes alcançou apenas três vitórias e cinco empates, sendo que somou quatro das cinco derrotas em toda a temporada.

Tudo mudou a partir de 05 de dezembro, com o triunfo no Sporting da Covilhã por 2-0, que levou a equipa a alcançar logo quatro vitórias consecutivas, seguindo-se um empate e a melhor série da temporada, com cinco triunfos seguidos.

Esta boa série seria repetida no mês de abril, com mais cinco vitórias consecutivas a deixarem o Desportivo de Chaves às portas da subida, assegurando o terceiro lugar e a ida ao 'play-off'.

Vítor Campelos, de 47 anos, que alcançou a primeira subida à I Liga do seu currículo, foi o ‘timoneiro’ do plantel transmontano, que garantiu o regresso ao primeiro escalão após três temporadas arredado.

O técnico natural de Guimarães repete o feito alcançado já este século pelo malogrado Vítor Oliveira, quando o matosinhense devolveu Chaves ao escalão máximo em 2015/2016, 17 anos depois da última presença.

Dentro de campo, o principal destaque vai para Wellington Carvalho, o avançado brasileiro, de 29 anos, que na terceira temporada em Chaves surgiu em grande forma, tornando-se o melhor marcador com 13 golos, todos na II Liga, e ainda quatro assistências.

Ainda no ataque, o extremo João Batxi também ganhou protagonismo ao longo da época, terminando com sete golos e cinco assistências.

Mas o médio João Teixeira, formado no Benfica, chegou-se à frente no derradeiro ‘play-off’, depois de recuperado de uma lesão tardia, marcando na vitória na primeira mão. O português terminou a temporada com oito golos e uma assistência.

O plantel de Vítor Campelos conjugou a experiência de jogadores como Luís Rocha, Obiora e Nuno Coelho, com a juventude de Alexsandro e Bruno Langa, que fizeram a estreia em competições profissionais e ganharam relevância na equipa.

Esta é a quarta subida ao principal escalão do futebol português para o Desportivo de Chaves: a primeira ocorreu na época 1984/1985, seguindo-se uma segunda, na temporada de 1993/1994 e a penúltima, em 2015/2016.

Em 16 participações no escalão principal, os transmontanos atingiram a glória na década de 1980, quando, na temporada 1986/1987, atingiram o quinto lugar e a qualificação inédita para a antiga Taça UEFA na época seguinte. Em 1989/1990, seguiu-se novo quinto lugar, repetindo a melhor classificação entre os ‘grandes’.

O conjunto fundado em 1949 alcançou já este século outras duas inéditas conquistas: na temporada 2009/2010, foi finalista vencido na Taça de Portugal, frente ao FC Porto (2-1), na primeira e até agora única ida ao Jamor.

O clube, que naquela época desceu mesmo para o terceiro escalão e para fora das provas profissionais, atravessava uma crise financeira e inclusive um processo de insolvência, até ser recuperado pelo investidor e empresário flaviense Francisco Carvalho, que gere com a família os destinos do clube desde a temporada 2011/2012 e é atualmente presidente honorário.

Na época 2012/2013, o emblema flaviense regressou às competições profissionais e obteve a única conquista nacional, ao vencer o antigo Campeonato Nacional da 2.ª Divisão.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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