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Presidente do Vitória diz que Pepa estava «desalinhado» com política desportiva

O presidente do Vitória de Guimarães, António Miguel Cardoso, justificou hoje a saída do treinador Pepa com o seu «desalinhamento» face ao «projeto» desportivo, criticando algumas das declarações em que fez transparecer um plantel mais frágil.

Presidente do Vitória diz que Pepa estava «desalinhado» com política desportiva

Depois da nota oficial de terça-feira, a informar que o técnico de 41 anos e os “respetivos adjuntos” foram “afastados do comando técnico do plantel principal”, o líder vitoriano frisou que o “desalinhamento” entre as ideias da administração da SAD e os interesses de Pepa, direcionados para o “rendimento desportivo” e não para o “futuro do clube”, aumentou até a “linha ser ultrapassada” na terça-feira, numa reunião entre as partes.

“O treinador excedeu determinados limites que, pessoalmente e como presidente do Vitória, nunca o admitiria. O emblema está acima de qualquer situação. A partir desse momento em que a linha foi ultrapassada, cabe à administração fazer o que fizemos. Era preciso um acordo porque o ‘mister’ Pepa estava perfeitamente desalinhado [connosco]”, disse, em conferência de imprensa realizada hoje na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.

Para António Miguel Cardoso, o distanciamento entre a direção eleita em 05 de março e a equipa técnica que liderava a equipa minhota desde maio de 2021 acentuou-se com o início dos trabalhos para a época 2022/23, fruto das declarações prestadas pelo treinador à imprensa, nas quais deu a entender um plantel mais frágil face a 2021/22.

“Havia um manifesto discurso para fora de que a equipa estava mais fraca do que o ano passado, de que tinha de haver entradas independentemente das saídas, de que vinham jogadores de campeonatos secundários. Não é isso que motiva os nossos jogadores”, vincou.

Ainda que o grupo de trabalho possa ser “mais barato” face a temporadas anteriores, o presidente dos vimaranenses disse exigir “rendimento e resultados desportivos” e trabalhar para “um balneário motivado e cheio de confiança”, algo que crê ser possível com Moreno Teixeira, treinador recrutado à equipa B, hoje apresentado.

“Desde as primeiras conversas com o Moreno, sei que é com a noção dos jogadores dos sub-12 até à equipa A. É uma pessoa plenamente consciente do projeto do Vitória. Se, no momento certo, tiver de lançar um jovem lá para dentro, vai lançar e dar-lhe confiança”, enalteceu.

António Miguel Cardoso crê até que o novo treinador, a quem reconhece “amor” ao clube, mas também competência, pode constituir ‘peça-chave’ para se criar um “núcleo coeso e fechado” entre jogadores, equipa técnica e ‘staff’ e mostrou-se até “mais seguro” quanto a um desfecho positivo na segunda pré-eliminatória da Liga Conferência Europa, com os húngaros do Puskas Académia, a realizar-se em 21 e em 28 de julho, do que estava “há três dias”.

A propósito do eventual desagrado dos adeptos do clube perante uma mudança de treinador a pouco mais de uma semana do arranque oficial da época, o dirigente realçou que é “normal e pacífico” haver discordâncias e que tem de afirmar o Vitória de Guimarães como “uma instituição soberana”, capaz de ser “cada vez maior”.

O dirigente também prometeu “colmatar” eventuais saídas que venham a acontecer até ao encerramento do mercado de transferências de verão, em 31 de agosto, e, questionado sobre os rumores associados à saída de André Almeida, limitou-se a dizer que é “jogador do Vitória”.

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