Crónica: Vitória 'eficaz' em remates fortes adianta-se ao Puskás Akadémia

De regresso às competições da UEFA três anos depois da última participação, os vitorianos marcaram o primeiro golo oficial da época 2022/23 por Rúben Lameiras, aos quatro minutos, e avolumaram o resultado com golos de Tiago Silva, o mais vistoso da noite, aos 39, e de Anderson, aos 65, num jogo em que foi eficaz, face à relativa escassez de oportunidades de golo, apesar do domínio territorial.

Com este triunfo, a equipa treinada por Moreno Teixeira vai viajar com uma margem ‘confortável’ à Pancho Arena, em Felcsút, cidade húngara cerca de 50 quilómetros a oeste da capital Budapeste, para o duelo da segunda mão, agendado para 28 de julho, às 21:00 locais (20:00 de Lisboa).

Com a ala esquerda preenchida pelos reforços Ogawa e Jota Silva e o eixo do ataque ocupado por André Silva, avançado recém-contratdo ao Arouca, a formação de Guimarães começou o jogo ao ataque e, depois do aviso de André Almeida, aos dois minutos, inaugurou o marcador aos quatro.

Rúben Lameiras cruzou da direita para o poste mais distante e beneficiou dos toques de primeira de André Almeida e de Jota Silva para se enquadrar e atirar ‘forte’ e rasteiro para o fundo das redes à guarda de Tamás Markek.

Mesmo em desvantagem, o conjunto húngaro manteve-se organizado num sistema tático 5x4x1, à espera de desequilíbrios na retaguarda portuguesa para visar com perigo as redes à guarda de Bruno Varela, algo que fez por duas vezes, pela referência ofensiva Colley Lamin, num remate à figura, aos 17 minutos, e numa bola que entrou mesmo, mas em fora de jogo, aos 35.

Apesar do par de ‘sustos’, a equipa minhota ditou o ritmo de toda a primeira parte, ora mais baixo, ora mais acelerado, e teve ainda tempo para dilatar a vantagem, num lance em que Jota Silva conduziu a bola pela esquerda e André Silva ‘amorteceu’ para o vistoso ‘disparo’ de Tiago Silva ao ângulo superior esquerdo.

Após o intervalo, marcado por alguns desacatos entre alguns espetadores e alguns agentes da PSP num dos setores da bancada nascente inferior do Estádio D. Afonso Henriques, a Puskás trocou de avançado, ganhando mobilidade com Zahedi em vez de Lamin, e o Vitória com André Amaro no eixo da defesa, rendendo o lesionado Jorge Fernandes.

Os anfitriões regressaram algo displicentes, principalmente no meio campo defensivo, com bolas perdidas logo no início da construção, e a formação magiar subiu no terreno, ameaçando reduzir numa jogada em que o guardião vitoriano se esticou para evitar o autogolo de Abdul Mumin, ao minuto 61, e numa tentativa de Skribek ao lado, aos 62.

O treinador vimaranense, Moreno Teixeira, ‘refrescou’ o ataque dois minutos depois, com Anderson a render André Silva, e o brasileiro ex-Famalicão e ex-Beijing Guoan, da China, marcou na primeira vez em que tocou na bola: servido por Jota Silva, o avançado 'disparou' rasteiro e cruzado para o fundo das redes.

Nos 25 minutos finais, a Puskás Akadémia lançou-se para o ataque, de forma a tentar reduzir a desvantagem, mas foi inconsequente na maioria dos lances, ao passo que os homens de Guimarães desaproveitaram o espaço concedido pelo oponente para dilatarem o resultado em vários contra-ataques.