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Crónica: Benfica capitaliza inferioridade numérica do FC Porto e reforça liderança

O Benfica tirou partido hoje da inferioridade numérica do FC Porto durante uma hora para vencer o clássico de abertura da 10.ª jornada da I Liga, reforçando a liderança da prova e a invencibilidade absoluta em 2022/23.

Crónica: Benfica capitaliza inferioridade numérica do FC Porto e reforça liderança

No Estádio do Dragão, no Porto, um golo solitário de Rafa, aos 72 minutos, permitiu aos ‘encarnados’ quebrar um ciclo de nove jogos seguidos sem vitórias (sete derrotas e dois empates) sobre os ‘azuis e brancos’, que viram Stephen Eustáquio ser expulso, por acumulação de amarelos, aos 27.

O Benfica manteve a invencibilidade sob orientação do treinador alemão Roger Schmidt, com 15 triunfos e quatro igualdades, para reforçar a liderança isolada da I Liga, com 28 pontos, seis acima do FC Porto, que vencia há cinco jogos e não sofria golos há quatro.

Os campeões nacionais, que em 2022/23 já tinham derrotado em casa Sporting (3-0), à terceira ronda, e Sporting de Braga (4-1), à oitava, permitiram o 18.º triunfo lisboeta de sempre no 117.º clássico ocorrido no Porto, onde os ‘encarnados’ já não venciam desde março de 2019.

Além de ter sofrido o quarto desaire da época, e segundo a nível doméstico, o FC Porto voltou a perder e a ficar em ‘branco’ em casa para o campeonato 36 e 27 jogos depois, respetivamente, numa noite que inicialmente nem parecia talhada para esse desfecho.

Depois das expectáveis ‘revoluções’ nos jogos da terceira ronda da Taça de Portugal em Anadia (6-0) e nas Caldas (5-3 no desempate por penáltis, após 1-1 nos 120 minutos), ambos da Liga 3, ‘dragões’ e ‘águias’ recuperaram a maioria dos seus habituais titulares.

Se Roger Schmidt manteve o ‘onze’ do empate no terreno dos franceses do Paris Saint-Germain (1-1), utilizado há pouco mais de uma semana na Liga dos Campeões, Sérgio Conceição fez regressar Evanilson e colocou Pepê na ala direita, em detrimento de João Mário, lesionado, em relação ao triunfo na casa dos alemães do Bayer Leverkusen (3-0).

Uma recarga por cima de Fábio Cardoso, na insistência a um lance aéreo dividido entre Vlachodimos e Evanilson, logo aos três minutos, sinalizou um início pressionante do FC Porto, cujo adiantamento em campo foi criando dificuldades à saída de bola do Benfica.

Matheus Uribe desviou ao lado, seis minutos depois, quando os nortenhos já prestavam tributo nas bancadas ao ex-goleador Fernando Gomes, que está internado num hospital do Porto há duas semanas, para, ao quarto de hora, Odysseas Vlachodimos brilhar com uma defesa vistosa ao cabeceamento de Mehdi Taremi, após centro do canhoto Zaidu.

Os lisboetas ripostaram também nas alturas por Rafa, que atirou desmarcado na área à figura de Diogo Costa, aos 23 minutos, e Alexander Bah, num repentino golpe a passar perto do travessão, aos 25, instantes antes de terem ficado em superioridade numérica.

Stephen Eustáquio cometeu duas faltas semelhantes sobre Bah e foi admoestado com duplo cartão amarelo em apenas três minutos, condicionando a estratégia do FC Porto, que fez derivar Taremi para a direita e deixou Otávio no ‘miolo’ à entrada da meia hora.

Essa incidência levou os ‘dragões’ a recuarem metros e concedeu maior estabilidade ao Benfica, que quase festejou aos 36 minutos, com Rafa a cabecear à barra logo após um ‘tiro’ ao poste de Fredrik Aursnes, que, servido por Grimaldo na esquerda, fugira de Taremi.

O intervalo chegaria sem mais oportunidades e com algumas quezílias à mistura, tendo Roger Schmidt efetuado uma tripla alteração no regresso dos balneários, ao introduzir Gilberto, Julian Draxler e David Neres nas vagas de Bah, Enzo Fernández e João Mário.

Aursnes passou a acompanhar Florentino no meio-campo e as ‘águias’ intensificaram o controlo do jogo com bola, ameaçando numa ‘trivela’ de Rafa desviada por David Carmo, aos 59 minutos, até que Petar Musa entrou perante as queixas musculares de Draxler.

Já com Gabriel Veron a refrescar o eixo ofensivo, o conjunto de Sérgio Conceição ainda se libertou de amarras e viu Vlachodimos rechaçar com aperto um alívio de Gilberto na direção da própria baliza, aos 69 minutos, mas seria fatalmente apanhado em contrapé.

Três minutos mais tarde, Rafa escapou sem oposição na esquerda, combinou à entrada da área do FC Porto com Neres e decidiu o clássico com um remate à meia-volta, num lance inicialmente anulado por fora-de-jogo, mas validado através do videoárbitro (VAR).

Musa errou o alvo, aos 79 minutos, ao passo que os campeões nacionais chamaram por Wendell e Toni Martínez, que cabeceou à figura de Vlachodimos, aos 81, numa fase em que a formação de Roger Schmidt procurava reter a posse de bola e até viu Diogo Costa, quase ‘traído’ numa interceção Carmo face à incursão de Neres, negar o 2-0, aos 90+2.

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