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Boavista: Petit viu Cannon «muito abatido» pela ausência

O jogador Reggie Cannon, que atua no Boavista, da I Liga, ficou «muito abatido» na quarta-feira face à sua surpreendente ausência da convocatória dos Estados Unidos para o Mundial do Qatar, expressou hoje o treinador Petit.

“Sentimo-lo muito abatido, mas temos de ser nós a levantá-lo, porque também tem de se focar no clube que representa. Espero que haja mais oportunidades para que possa ir a um Campeonato do Mundo, já que é um miúdo com muita qualidade, que trabalha muito bem e estava focado naquilo que vinha a fazer no Boavista para estar presente no Qatar. Não está e somos nós que o temos de levantar”, vincou o técnico, durante a conferência de imprensa de antevisão ao dérbi caseiro com o FC Porto, no sábado, da 13.ª jornada.

Habitual escolha de Gregg Berhalter, o defesa direito, que costuma alinhar como central nos ‘axadrezados’, ficou de fora dos 26 convocados dos Estados Unidos para a principal prova mundial de seleções, que ocorre de 20 de novembro a 18 de dezembro, no Qatar.

“Não foi uma notícia boa para o Reggie Cannon, porque já passei por isso e sei o que é estar ou não estar num Campeonato do Mundo. As suas expectativas eram boas, já que estava a jogar, a ser chamado para a seleção e com a esperança de ir ao Mundial. Claro que os primeiros dois a três dias custaram, mas, como grupo e como amigos que somos dele, estamos cá para o ajudar. Este tropeção que aconteceu na carreira tem de lhe dar força para o futuro”, desejou Petit, que jogou por Portugal nos Mundiais de 2002 e 2006.

Os norte-americanos vão cumprir a 10.ª presença no Campeonato do Mundo, depois da ausência na edição anterior, em 2018, na Rússia, tendo embates agendados diante de Inglaterra, País de Gales e Irão, comando pelo português Carlos Queiroz, no Grupo B.

“Jogadores a tirarem o pé nos jogos dos seus clubes durante este fim de semana? Acho que não. Também estive desse lado e quando estava perto do Mundial continuava a ser igual. A última vez que me lesionei até foi sozinho. Muitas vezes, quando nos estamos a poupar é que acontecem as coisas. Os jogadores entram em campo para dar o melhor e não pensam em lesionarem-se. Falo por mim, até porque não pensava nisso”, partilhou.

Por causa do clima desértico do Qatar, com temperaturas médias de 50 graus celsius no verão, o Mundial2022 vai gerar uma inédita interrupção da maioria das provas de clubes, incluindo a I Liga portuguesa, cuja 14.ª ronda apenas se disputará no final de dezembro.

“É tudo novo para todo o mundo. É a primeira vez que acontece uma paragem de I Liga para haver o Mundial. Por tristeza nossa, não temos nenhum jogador numa seleção, mas temos os jogadores todos para trabalhar e melhorar. É claro quem se me perguntassem se preferia ter quatro ou cinco jogadores no Mundial, por mim até podiam ir 10. Era sinal de que tínhamos qualidade no trabalho e isso dava visibilidade ao Boavista”, assinalou.

Os clubes nacionais colmatarão o hiato competitivo com a Taça da Liga, que colocou os primodivisionários Boavista e Vitória de Guimarães e os ‘secundários’ Vilafranquense e BSAD no Grupo F, com jogos agendados entre a próxima sexta-feira e 12 de dezembro.

“Penso que somos dos únicos países que vai manter a competição. Estar cinco ou seis semanas quase sem competir não é bom. Por mais que se marquem jogos-treino, o foco não é o mesmo. Estivemos na ‘final four’ da Taça da Liga na época passada, mas será bom para continuar a competir, evoluir e meter outros atletas em campo”, concluiu Petit.

O Boavista, nono colocado, com 17 pontos, recebe o FC Porto, segundo, com 26, a oito do líder invicto Benfica, no sábado, às 20:30, no Estádio do Bessa, no Porto, em jogo da 13.ª jornada do campeonato, com arbitragem de Luís Godinho, da associação de Évora.

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