Crónica: Saga ‘mundialista’ de Ochoa sustenta ‘nulo’ entre México e Polónia

No Estádio 974, em Doha, que vai acolher na quinta-feira a estreia de Portugal diante do Gana, o avançado do FC Barcelona procurou agitar uma prestação receosa das ‘águias’ no reatamento, quando foi travado na área por Héctor Moreno e fez ‘tremer’ os ‘aztecas’.

O lance seria assinalado pelo árbitro australiano Chris Beath com recurso ao videoárbitro (VAR) e encaminhou Robert Lewandowski para a marca dos 11 metros, onde Guillermo Ochoa, acostumado a ser protagonista em Mundiais, preservou o ‘nulo’, aos 58 minutos.

México e Polónia repartem, com um ponto, a vice-liderança da ‘poule’, comandada pela Arábia Saudita, que, horas antes, tinha derrotado com surpresa a bicampeã Argentina (2-1) e soma três pontos, contra zero dos sul-americanos, que seguem na quarta e última posição.

O perigo andou distante das balizas no arranque da partida, com as águias’ a apostarem numa organização defensiva versátil para controlar a gradual superioridade territorial dos ‘tricolores’, que começaram a lograr espaços para desequilibrar a caminho da meia hora.

Um cabeceamento a rasar o poste de Alexis Vega, após centro na direita do ex-portista Héctor Herrera, aos 26 minutos, seguido de um passe em desmarcação no flanco oposto de Luis Chávez para Jesús Gallardo, que quase capitalizou uma saída extemporânea do ‘guardião’ Wojciech Szczęsny, aos 28, sinalizaram os lances capitais da etapa inaugural.

Apesar do talento individual em redor de Robert Lewandowski, a Polónia raramente saiu em contra-ataque e continuou preocupada em aglomerar jogadores à entrada da própria área, onde Szczęsny afastaria uma tentativa de Jorge Sánchez a segundos do intervalo.

A segunda etapa colocaria em evidência o melhor marcador dos campeonatos europeus na época 2021/22, que, na sequência de uma perda de bola de Edson Álvarez em zonas de construção, entrou na área do México e acabou travado em falta por Héctor Moreno.

Talhado para se agigantar em grandes palcos, Guillermo Ochoa adiou a estreia a marcar na prova de Lewandowski, aos 58 minutos, abrilhantando o quinto capítulo da sua saga ‘mundialista’ - as duas primeiras como suplente não utilizado e as seguintes como titular.

O ‘susto’ aconselhou maior prudência aos ‘aztecas’, que ainda viram Szczęsny ‘encaixar’ um desvio com intencionalidade de Henry Martín ao pontapé de Álvarez, aos 64 minutos, antes de Gerardo Martino refrescar a frente ofensiva com o ex-benfiquista Raúl Jiménez.

A equipa de Czeslaw Michniewicz, sucessor do luso Paulo Sousa durante a qualificação europeia para o Qatar, ainda fez juntar Arkadiusz Milik a Lewandowski, mas o segundo ‘nulo’ da prova tornou-se uma inevitabilidade à custa do desgaste observado em campo.