Crónica: Senegal bate 'especulador' Equador e está nos 'oitavos'

Num jogo com três golos de bola parada, Ismaila Sarr adiantou os senegaleses, aos 44 minutos, de penálti, Moisés Caicedo ainda empatou, após um canto, aos 67, mas, na sequência de um livre, aos 70, Kalidou Koulibaly devolveu o comando aos africanos.

Fez-se, assim, justiça, já que o Senegal dominou a primeira parte, e, em desvantagem, o Equador, ‘formatado’ para empatar, nunca conseguiu responder, acabando por chegar à igualdade sem o justificar, mas para de imediato voltar a ficar a perder.

A justiça do resultado só é ‘cruel’ para Enner Valencia, que depois de ter marcado os três golos do Equador no Mundial2014, também para ‘nada’, e os três primeiros nesta edição, acabou hoje por fazer, involuntariamente, a assistência para o golo de Koulibay, o líder senegalês na ausência de Sadio Mané.

No seu terceiro Mundial, o Senegal repete a presença nos ‘oitavos’ de 2002 – chegou aos ‘quartos’ -, ficando agora à espera de saber quem será o vencedor do Grupo B, já que terminou como segundo do A, um ponto atrás dos Países Baixos (2-0 ao Qatar).

Em relação à segunda jornada, o Equador trocou o castigado Méndez e Porozo por Gruezo e Franco, enquanto o Senegal mudou três ‘pedras’, fazendo entrar Pathé Ciss, Pape Gueye e Ndiaye para os lugares de Nampalys Mendy, Diatta e Diedhiou.

Necessitado de vencer para não depender de um improvável ‘tropeção’ dos Países Baixos face ao Qatar, o conjunto africano entrou determinado, ofensivo e cheio de vontade, ameaçando o golo por Idrissa Gana Gueye (três minutos) e Dia (oito).

Um livre do ‘inevitável’ Enner Valencia, seguido de um remate do mesmo jogador, aos 10 minutos, foi a primeira aparição ofensiva de um Equador incapaz de disfarçar que o empate lhe servia, mas quase única até ao intervalo.

O Senegal continuou melhor e, depois de tentativas de Ndiaye (12 minutos) e Ismaila Sarr (24), chegou mesmo ao golo, aos 44, com Sarr a ser carregado na área por Hincapie e, ‘com toda a calma do mundo’, a bater Galindez de penálti.

Para a segunda parte, Gustavo Alfaro lançou Cifuentes e Sarmiento, retirando as duas novidades no ‘onze’, e o Equador veio com outra disposição, mas sem criar perigo, o que levou o técnico a chamar Reasco, aos 64 minutos, prescindindo de Estrada.

Mas, do ‘nada’, o Equador marcou. Na sequência de um canto marcado na direita por Plata, aos 67 minutos, Torres ganhou nas alturas e colocou a bola em Moisés Caicedo, que, isolado ao segundo poste, limitou-se a encontrar.

A reação dos senegaleses foi imediata, já que, no ataque seguinte, aos 70 minutos, voltaram à vantagem, num livre, que Gana Gueye, da direita, colocou na área, onde Enner Valencia cortou para onde estava Koulibaly, que, solto, atirou a contar.

Na parte final, o Equador ainda tentou, embora sem grande convicção, chegar ao empate, mas só teve uma possibilidade, num remate de Plaza à figura de Mendy, aos 76 minutos, enquanto o Senegal ameaçou o terceiro, num ‘tiro’ de Dia, aos 82.