Crónica: Golo de Thomas dá a primeira grande felicidade da época ao Paços de Ferreira

O avançado natural de Curaçau decidiu uma partida de parca qualidade ao marcar aos 34 minutos, num livre direto, quebrando um jejum de sucessos dos 'castores' que perdurava desde abril do ano passado.

Apesar do triunfo, a equipa agora comandado por César Peixoto mantém-se como lanterna-vermelha do campeonato, agora com seis pontos, e a quatro do penúltimo classificado Marítimo.

Já o Rio Ave, com este desaire, caiu para o 11.º posto, embora seguindo em posição de relativa tranquilidade, com 20 pontos.

Foi embalado com esse conforto na classificação que o conjunto a foz do Ave até entrou melhor no desafio, revelando-se mais pressionante e deixando, logo aos quatro minutos, uma ameaça, num livre de Samaris, que saiu um pouco por cima.

Os 'castores', apesar de mais retraídos em campo, não se intimidavam com o maior domínio, ainda que inconsequente, do adversário, e sempre que encontravam brechas partiam para o contra-ataque, forçando a primeira chance numa arrancada de Uilton.

O desafio não tinha, nesta fase, particular recorte técnico, com ambos os conjuntos a tentarem aproveitar as bolas paradas para fazer a diferença, mas com o Rio Ave a não fazer valer a maior presença junto à baliza contrária, devido a falhas na definição final.

Essa falta de objetividade dos vila-condenses foi castigada já depois de meia hora, quando o Paços de Ferreira ganhou um livre direto, em posição lateral, que Nigel Thomas capitalizou de forma exímia para fazer 1-0, num lance em que o guarda-redes dos locais, Jhonatan, podia ter feito bem melhor.

Em desvantagem, os anfitriões ainda tentaram, antes do intervalo, resgatar a igualdade, mas novamente sem a suficiente coerência para dobrar um Paços de Ferreira que se começou a fechar bem e a pausar o ritmo do jogo.

Inconformado, o técnico do Rio Ave, Luís Freire, operou duas mexidas logo após o descanso, lançando Aziz para o lugar do inconsequente Leonardo Ruiz, e João Graça para a posição do 'amarelado' Samaris.

As alterações deixaram os vila-condense um pouco mais ofensivos, mas sem efeitos práticos na altura da finalização, perante um Paços Ferreira com coesão apurada a defender, que só à passagem da hora de jogou abriu uma pequena brecha para o recém-entrado Hernâni esboçar um cabeceamento à baliza de Marafona.

Os visitantes, mesmo a 'jogarem com o relógio', ainda aproveitaram o adiantamento do Rio Ave para rondar o segundo golo, já aos 70 minutos, numa perda de bola de Josué Sá, que Uilton selou com um remate para defesa atenta de Jhonatan

Ainda assim, foi o Rio Ave, na parte a final, a revelar-se mais rematador, mas tal como durante toda a partida sem intencionalidade para impedir o desaire final.