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Associação Nacional contra novo Regulamento da FIFA sobre Agentes de Futebol

A Associação Nacional de Agentes de Futebol (ANAF) manifestou-se hoje contra o novo Regulamento da FIFA sobre Agentes de Futebol, considerando que os seus interesses não são defendidos e há artigos que violam princípios como os da concorrência.

Associação Nacional contra novo Regulamento da FIFA sobre Agentes de Futebol
Depositphotos

“Esta lei não protege dois assuntos importantes, como os interesses dos agentes profissionais, pois não reflete a prática do que existe até a data. É uma lei obscura nesse sentido. Isola-se das práticas comerciais que existem há muitos anos”, critica Emanuel Calçada, secretário-geral da ANAF.

Em declarações à Lusa, o dirigente entende ainda que a proposta “promove um conjunto de princípios e regras de direito que violam um conjunto de normas asseguradas há muitos anos (…) e que violam princípios de livre concorrência em Portugal e na Europa”.

Como exemplo, citou o facto de se impor um teto na comissão em função da remuneração que o cliente do agente de futebol vai auferir, no que considera serem “regras completamente caducas, obtusas”.

A ANAF insurge-se igualmente contra o facto da lei “querer também impor a forma como o agente vai receber as suas comissões, em função do tipo de contrato do tempo”, bem como os prazos de recebimento indexados ao período desse vínculo.

“Estamos contra isto e estamos indignados. Vamos levar as consequências legais até ao fim, ao limite”, promete.

Nesse sentido, a ANAF vai munir-se de “pareceres e opiniões jurídicas válidas junto das entidades com competência” na matéria, destacando a Autoridade da Concorrência, “que tem de ser ouvida”, não descartando a possibilidade de avançar para os tribunais: “Se tiver de ser, assim será”.

“Vamos pôr em causa, em termos legais, aquilo que entendemos que não está correto e estamos convictos de que através deste conjunto de ações vamos conseguir o mais importante, que é repor a questão legal e que haja uma justiça e correspondência entre realidade pratica e as normas”, sustentou.

Entre os motivos da FIFA para avançar para o novo regulamento estão, por exemplo, o limitar a “conduta abusiva e excessiva dos agentes de futebol”, evitar o “mercado especulativo” e os “conflitos de interesses” ou o “reforço da proteção dos futebolistas”.

“A ANAF foi, é e será sempre uma entidade que pauta pela transparência, acima de tudo e de todos, no entanto, tem de haver correspondência da prática de quem legisla com a realidade, algo que não está a acontecer neste momento”, contrapõe o dirigente.

O novo regulamento dos agentes de futebol da FIFA, que impõe a redução das comissões máximas recebidas, a proibição de dupla representação ou o regresso a um sistema de licenciamento à escala global, foi aprovado em 16 de dezembro de 2022, tendo entrado em vigor em 09 de janeiro, iniciando-se o processo de obtenção de licenças.

A partir de 01 de outubro, vai existir a obrigação de os clientes contratarem somente agentes licenciados.

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