Crónica: Marítimo assegura play-off ao ‘cair do pano’ com golo de Cláudio Winck

O encontro de extrema pressão para os madeirenses só ficou resolvido no penúltimo dos seis minutos de compensação concedidos pelo árbitro Artur Soares Dias, num lance em que, após uma defesa incompleta de Luiz Felipe, Edgar Costa falhou o remate, tendo a bola sobrado para Cláudio Winck, que encostou para o golo, para delírio dos mais de 10 mil espetadores presentes no estádio.

Os três ‘valiosos’ pontos permitiram aos insulares garantirem um lugar no play-off de manutenção, ao conservarem o 16.º lugar com 26 pontos, sentenciando à descida o Paços de Ferreira e o Santa Clara, que ainda jogam nesta ronda. O Vizela segue em nono, com 40 pontos.

De olhos postos na 39.ª participação consecutiva no patamar mais alto do futebol português, o Marítimo entrou em campo com apenas uma alteração em relação ao desaire em Alvalade (2-1), desfazendo a linha de três centrais com a saída de René Santos para entrada de Geny Catamo.

O Vizela, que apenas registava uma baixa no plantel, Matheus Pereira, por suspensão, apresentou seis ‘mexidas’ em comparação com o ‘nulo’ ante o Famalicão, saindo o guardião Buntic, Ivanildo Fernandes, Pedro Ortiz, Raphael Guzzo e Nuno Moreira para entrada de Luiz Felipe, Bruno Wilson, Kiki Afonso, Claudemir, Rashid e Kévin Zohi.

O encontro que marcou a abertura da 33.ª e penúltima jornada da I Liga teve um início promissor com Bruno Xadas, num remate de meia distância, visto a bola rasar a barra da baliza vizelense ao minuto cinco, para, dois minutos depois, Marcelo Carné, sacudir no limite o golpe deferido por Rashid.

O anfitrião assumiu as despesas do jogo, tendo em mente que a vitória asseguraria o acesso ao play-off de manutenção, com Luiz Felipe a desempenhar um papel de destaque ao desviar o potente remate de Vitor Costa, que ainda embateu com estrondo na barra, tendo Geny Catamo, aos 41, falhado milimetricamente o alvo, na sequência de um remate do ‘meio da rua’.

A formação liderada por Tulipa, ex-jogador maritimista e treinador dos sub-23 do emblema insular, apenas voltou a reagir perto da meia hora de jogo, com Kiko Bondoso a colocar à prova Marcelo Carné, que passou com distinção no teste, recusando o tento ao ‘tranquilo’ Vizela.

No segundo tempo, o árbitro Artur Soares Dias chegou a apontar para a marca dos 11 metros, em benefício do Marítimo, após Anderson pisar Geny Catamo, voltando atrás na decisão após ter sido alertado pelo videoárbitro, já que o lance ocorreu fora da grande área.

O Marítimo dispôs de uma grande oportunidade ao minuto 66, tendo Félix Correia, servido por André Vidigal, surgido ao segundo poste, apostando num remate de primeira que por pouco não seguiu para o fundo da baliza dos visitantes.

O momento que marcou o encontro surgiu aos 90+5, no último suspiro, num lance em que Luiz Felipe, numa defesa incompleta, deixou a bola à mercê de Edgar Costa, que acabou por falhar o remate, permitindo que o esférico sobrasse para Cláudio Winck, que saltou do banco ao minuto 80, e acabou por ser o protagonista da noite ao permitir aos insulares continuar na luta pela permanência no principal escalão.