Crónica: West Ham mais feliz na final da Liga Conferência Europa

Quando já se assumia como inevitável o prolongamento, no estádio Eden Arena, em Praga, o internacional brasileiro Lucas Paquetá descobriu um espaço mínimo para colocar a bola em Bowen, que frente a Terracciano atirou a contar.

Depois de uma primeira parte francamente desinspirada, de ambos os lados, as equipas 'acordaram' e procuraram com mais afinco o golo, para evitar o prolongamento e a 'sorte' dos penáltis, como aconteceu na final da Liga Europa.

A mais 'modesta' das competições da UEFA opôs o oitavo da Liga italiana e o 14.º da Liga inglesa, o que não era exatamente 'cartão de visita' para um bom espetáculo. Não o foi, de facto, mas a 'sorte' acabou por sorrir aos ingleses.

Os 'hammers' também chegaram a Praga com 'pergaminhos' mínimos na Europa, já que apenas venceram a Taça da Taças em 1965.

Quatro anos antes, tinha a Fiorentina celebrado o seu único troféu continental, justamente a Taça das Taças.

Para a equipa 'viola' as coisas também não têm corrido bem, a nível interno, desde que em 2001 ergueram a Taça de Itália.

Hoje, a primeira parte foi especialmente desinteressante, com um remate enquadrado, apenas, para Michail Antonio, logo no primeiro minuto.

Depois, a Fiorentina assumiu mais controlo a meio campo, com 65% de posse de bola e mais remates também, mas nenhum à baliza de Areola.

A equipa 'viola' chegou mesmo a marcar, aos 45+4, mas aquele que seria o golo de Luka Jovic 'não passou' na análise do VAR e acabou anulado, por fora de jogo.

Teria sido, de alguma forma, uma vantagem justa, num embate em que, até então, as duas formações se anulavam, com as defesas mais eficazes que os ataques e com muito 'jogo mastigado' a nível do meio campo.

Aos 33 minutos, Cristiano Biraghi 'protagonizou' um momento de alguma 'tensão' no estádio, quando começou a sangrar de uma ferida na nuca, por ter sido atingido por um projétil atirado das bancadas. Não foi tão grave como se temia e seguiu jogo, com uma inesperada faixa de cor violeta na cabeça.

O West Ham não vai evitar certamente uma multa pesada, o que não lhe tirou o 'sorriso' final, nos festejos da vitória.

Um pouco contra a corrente do jogo, os 'hammers' chegaram ao golo aos 62 minutos, com Saïd Benrahma a 'enganar' o guarda-redes, que se atirou para a direita e viu a bola entrar na esquerda.

O lance que valeu o castigo, uma mão de Biraghi, demorou uma 'eternidade' a ser analisado pelo VAR, que acabou por apontar a grande penalidade.

Mais ativo no segundo tempo, o clube de Florença não merecia estar a perder e aos 67 minutos equilibrou de novo a contenda, com o golo de Bonaventura. Servido por Nicolas Gonzalez, o italiano atirou a contar.

A Fiorentina não conseguiu passar para a frente aos 72 minutos, com o falhanço de Mandragora, e continuou com posse de bola idêntica aos valores da primeira parte, mas com eficácia idêntica, também.

Acabaria por sofrer o 'golpe' final aos 90 minutos, quando nos bancos das equipas já se faziam contas para mais meia hora de jogo.

Volvidos 58 anos, os 'hammers' foram mais afortunados e levam a taça para casa, para desespero do adversário 'viola'.