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Crónica: 'Gigante' Portugal a 'milímetros' de eliminar as bicampeãs mundiais

A seleção portuguesa feminina de futebol foi esta terça feira ‘gigante’ no Eden Park, em Auckland, e ficou a ‘milímetros’ de desfazer o ‘nulo’ e mandar para casa os Estados Unidos, protagonizando um dos maiores ‘escândalos’ da história dos Mundiais.

Crónica: 'Gigante' Portugal a 'milímetros' de eliminar as bicampeãs mundiais
FIFA Women's World Cup

Já nos descontos, aos 90+1 minutos, Ana Capeta, que tinha entrado pouco antes, aos 89, surgiu sozinha na ‘cara’ de Alyssa Naeher e acertou no poste esquerdo, quando o banco português já festejava um golo que valeria um lugar nos oitavos de final.

O ‘conto de fadas’ português esteve quase a concretizar-se e os Estados Unidos, que somam quatro títulos mundiais, incluindo os dois últimos, e que nunca falharam umas meias-finais em oito edições, quase ‘tombaram’ na fase de grupos, num jogo em que as ‘navegadoras’ foram valentes, corajosas e personalizadas durante todo o jogo.

Mais do que competir - o que o selecionador luso, Francisco Neto, pedia para o último jogo -, Portugal esteve muitas vezes por cima do jogo, sobretudo na primeira parte, e fez ‘tremer’ as norte-americanas até ao derradeiro segundo, não se amedrontando em nenhum momento.

Portugal sai do Mundial2023, mas pela ‘porta grande’, a maior de todas, depois de um jogo em que nunca se percebeu que de um lado estava a equipa número 1 do mundo e do outro uma seleção estreante, a dar os primeiros passos na alta roda, mas a mostrar que está aí e é uma equipa de grande qualidade.

De início, Francisco Neto voltou à primeira forma, ao ‘onze’ da estreia, com os Países Baixos (0-1), com apenas uma alteração – seis em relação ao segundo jogo (2-0 ao Vietname) -, a entrada de Kika Nazareth para o lugar da lesionada Fátima Pinto.

Ainda assim, a maior mudança foi no sistema tático, com o ‘3-4-3’, com três centrais, dos dois primeiros jogos a passar a ‘4-3-3’, com Ana Borges, Diana Gomes, Carole Costa e Catarina Amado na defesa, à frente de Inês Pereira.

No meio-campo, surgiram Dolores Silva, mais recuada, Tatiana Pinto e Andreia Norton mais à frente e Kika Nazareth nas costas de Jéssica Silva e Diana Silva.

O jogo arrancou, praticamente, com uma jogada das norte-americanas na área lusa, com Catarina Amado a tirar algo ‘aflita’ e, no primeiro quarto de honra, as bicampeãs em título estiveram por cima, com dois remates de Williams (quatro e 14) que Inês Pereira segurou e outro, ao lado, de Alex Morgan (seis).

Portugal, muito personalizado desde o apito inicial, já tinha feito o primeiro remate, por Andreia Norton, que atirou por cima, aos nove minutos, e, aos 16, assustou mesmo, com Kika a isolar Jéssica, para esta, sobre a direita, atirar ao lado.

A partir daí, a formação das ‘quinas’ passou, mais do que a equilibrar o jogo, a ficar por cima, a comandar, com mais posse de bola, melhor futebol, perturbando claramente os Estados Unidos, incapazes de se aproximarem da área lusa.

O conjunto de Francisco Neto não conseguiu, porém, criar mais nenhuma ocasião, destacando-se apenas um remate por cima de Kika, aos 39 minutos, enquanto, do outro lado, Inês Pereira só voltou a intervir nos descontos, para segurar um remate em posição perigosa de Williams, que terá dominado a bola com o braço.

Os Estados Unidos melhoraram após o intervalo e começaram a acercar-se mais da área portuguesa, com Diana Gomes a roubar o golo a Alex Morgan, aos 54 minutos, e Williams a cabecear ao lado, aos 60, numa altura em que se sucediam os cantos e livres.

Andonovski foi o primeiro a mexer, colocando em campo Rapinoe, aos 61 minutos, para ‘delírio’ dos adeptos norte-americanos, com Francisco Neto a responder, aos 62, com a entrada de Andreia Jacinto, que substituiu Kika – adiantou-se Norton.

Os Estados Unidos atacavam mais, mas sem assustar Inês Pereira e, com o fim a aproximar-se, Francisco Neto começou a apostar tudo, lançando Telma Encarnação (por Andreia Norton), Joana Marchão (Catarina Amado) e Ana Capeta (Diana Silva).

Pelo meio, aos 82 minutos, Carole Costa surgiu livre na área, após um livre, mas a defesa norte-americana salvou e, do outro lado, aos 84, Alex Morgan surgiu em boa posição, mas decidiu mal.

A última ‘palavra’ foi, no entanto de Portugal, já nos descontos: após um lançamento longo de Tatiana Pinto, Telma Encarnação isolou de cabeça Ana Capeta, que, à saída de Naeher, acertou no poste de esquerdo, para o quase desespero dos muitos norte-americanos presentes em Auckland.

Portugal ficou a um ‘bocadinho assim’ do apuramento para os oitavos de final, logo na primeira presença em fases finais.

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