O selecionador francês, Raymond Domenech, confessou-se hoje “desapontado e sem explicações” para a eliminação da França do Mundial de futebol, depois de nova derrota (2-1) com a África do Sul, em jogo do grupo A.
“Neste jogo pensei que viria ao de cima a generosidade e o coração dos jogadores, mas aconteceu um golpe do destino com a expulsão de Gourcuff, e quando as coisas correm mal, correm mesmo mal...”, disse Domenech, visivelmente abatido, reconhecendo que os dias que precederam o jogo foram “muito desgastantes em termos anímicos”.
O ainda selecionador francês recusou-se a fazer um balanço do que se passou por “não ser o ‘timing’” ideal para tal, mas instado a dar uma palavra aos franceses, disse “estar muito triste”, acrescentando que esta seleção tem “um enorme potencial”, antes de desejar “boa sorte” ao seu sucessor, Laurent Blanc.
A concluir, Domenech confessou “amar esta seleção” e garantiu que esta não só “não morreu como tem tudo para voltar ao sucesso num futuro próximo”.
No final do jogo com a África do Sul, o selecionador francês recusou-se a apertar a mão a Carlos Alberto Parreira, responsável técnico pela seleção sul-africana, que a ele se dirigiu com esse propósito, optando por lhe dirigir algumas palavras inaudíveis para as câmaras televisivas.
O selecionador francês informou ainda que a comitiva francesa regressa ao país quarta feira à noite, pernoitando hoje no seu “quartel-general” na África do Sul, no hotel de Kysna, cujas condições luxuosas foram criticadas pela secretário de estado do Desporto do Governo francês, Rama Yade.
Quem não quis jogar hoje frente à África do Sul foi o internacional Abidal, segundo Domenech: “Ele disse-me que não se sentia bem, que se sentia vazio”, explicou.