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Clubes ausentes das competições europeias vão ter apoio reforçado por parte da UEFA e ECA

A UEFA e a Associação de Clubes Europeus (ECA) anunciaram esta quarta feira um estreitamento da cooperação, destacando-se o reforço do apoio ao futebol feminino e um novo sistema de distribuição de verbas que vai beneficiar clubes ausentes das competições europeias.

Clubes ausentes das competições europeias vão ter apoio reforçado por parte da UEFA  e ECA
UEFA

“Um elemento central deste novo Memorando de Entendimento até 2030 é a prioridade partilhada de fomentar o futebol europeu de clubes a todos os níveis. Isto manifestar-se-á através de um novo modelo de distribuição de receitas para o ciclo 2024-2027, apresentando um aumento sem precedentes de pagamentos de solidariedade que beneficiarão os participantes nas competições das ligas nacionais”, esclarece a UEFA.

Em termos práticos, a parcela reservada no novo ciclo aos clubes que não participam na fase de grupos das competições da UEFA aumentará para um total de 10%, com o organismo a estimar uma verba de 440 milhões de euros por época, um total de 1,32 mil milhões ao longo do ciclo “naquele que é o único esquema de redistribuição para clubes a nível pan-europeu”.

Já o sistema de distribuição para os emblemas participantes vai dar maior destaque à participação (dos atuais 25% para 27,5%) e ao desempenho (de 30% para 37,5%), enquanto os dois pilares existentes de ‘pool’ de mercado e coeficiente serão mesclados e reduzidos de um total de 45% para os 35%.

Destacando o reforço da “estabilidade e crescimento sustentável no futebol europeu de clubes” que este documento encerra, a UEFA esclarece que os detalhes completos do novo sistema serão divulgados assim que o trabalho técnico for concluído.

“O acordo renovado alinha os esforços de cooperação de ambas as organizações com o panorama em evolução do calendário de jogos internacionais masculino e feminino e com as futuras mudanças estruturais nas competições masculinas de clubes da UEFA, em vigor a partir da época 2024/25, que trarão mais oportunidades para mais clubes, mas também para jogadores e adeptos, mantendo ao mesmo tempo a pirâmide aberta e democrática”, destaca-se.

O novo acordo reflete ainda os “avanços notáveis” alcançados no desenvolvimento do futebol feminino, pelo que ambas as instituições trabalharão em conjunto para “melhorar as competições, promover o crescimento da próxima geração de jogadoras talentosas e estabelecer a base para um ecossistema e modelo de negócio resiliente e sustentável”.

Das prioridades fazem ainda parte questões como a governação ambiental, social e corporativa, bem como a sustentabilidade financeira, “para garantir o bem-estar geral do futebol europeu”.

Do esforço conjunto surge igualmente a vontade de impulsionar ainda mais o desenvolvimento comercial das competições de clubes da UEFA.

"Este novo memorando baseia-se na nossa sólida cooperação para melhorar a pirâmide do futebol europeu aberta e baseada em valores, celebrada pelos adeptos de todo o mundo. Trará continuidade, estabilidade e crescimento saudável que beneficiarão todos os cantos da Europa. Esta cooperação fortalecerá o futebol europeu e esperamos que isso resulte em mais desenvolvimento e sucesso do jogo”, resumiu o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin.

Já o líder da ECA, Nasser Al-Khelaïfi, destacou a “notícia fantástica para todos os clubes europeus e para todos os que estão preocupados com a sua estabilidade e prosperidade”.

Neste memorando são formalizados um conjunto de acordos que abrangem a governação, representação, regulamentação, finanças e desportivas, definindo as “bases sólidas para o desenvolvimento contínuo” do setor.

De igual modo, é repetido o “firme compromisso da UEFA com a governação democrática”, com base na sua decisão anterior de incorporar as perspetivas dos jogadores (através da FIFPRO Europe) e dos adeptos (através da Football Supporters Europe) juntamente com as das ligas e clubes no seu processo de tomada de decisão.

“Esta abordagem visa fomentar um quadro de governação ainda mais inclusivo, resiliente e transparente para o futebol europeu”, conclui o organismo.

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