Declarações de Paulo Turra, treinador do Vitória de Guimarães, após o jogo frente ao Portimonense, da quinta jornada da I Liga.
“Fizemos um jogo em que acredito que o resultado foi contra a corrente do jogo. Trabalhámos muito no dia a dia, criámos oportunidades, tivemos domínio do jogo, controlámos o jogo até ao golo do adversário. O grupo é jovem e a responsabilidade pesa em certos momentos. Como treinador, tenho de assumir a responsabilidade.
Foi um jogo até aos 81 minutos, em que tivemos o controlo, e outro após isso [a grande penalidade], em que nos descontrolámos. Há que assumir a responsabilidade e pensar no próximo jogo.
[Assobios dos adeptos] Para quem joga num clube como o Vitória, temos de estar habituado aos adeptos. Têm de se acostumar, aprender com a dor.
[Preocupado com o desperdício?] Preocupar-me-ia se não chegássemos ao último terço com tantas oportunidades. A questão de conseguir gerir o jogo vem com o tempo. Admitir uma derrota como essa é muito difícil, mas nós, que somos profissionais, temos de assumir. Foi uma fatalidade, por isso não me preocupa. Preocupava-me se não tivéssemos o domínio do jogo. É tudo um processo. Temos de ter convicção.
[Só três alterações] Tive de fazer uma substituição na primeira parte [Dani Silva por Tomás Händel], o que é um desconforto. No intervalo, optei por não fazer, queria dar mais minutos a todos. Dentro das características, acredito que tomámos as melhores opções. Tive uma janela a menos na segunda parte; se ganhássemos estava tudo certo. Tenho um plantel e qualidade, um grupo com muitos jovens, com muito potencial para evoluir. Esta instabilidade de resultados e atuações é o preço que estamos a pagar. Mas tenho convicção no trabalho que estamos a realizar no Vitória e do potencial que vamos extrair destes jogadores. Estas derrotas são muito dolorosas, mas é nestas derrotas que aprendemos e evoluímos”.