As finanças do FC Porto têm sido alvo de escrutínio nas últimas semanas, com várias críticas de adeptos portistas e até mesmo de rivais, uma vez que o clube da Cidade Invicta apresenta os piores números da história do clube dos últimos anos.
Um dos principais pontos de preocupação é a alegada desigualdade de tratamento entre o FC Porto e os "clubes de Lisboa" por parte das instituições bancárias. Diogo Faria, diretor de conteúdos do FC Porto, decidiu dar resposta a estas críticas e apelou a uma análise mais aprofundada dos números, à luz das explicações fornecidas pela administração do clube azul e branco.
Uma das questões mais debatidas é a disparidade no tratamento financeiro entre o FC Porto e os clubes de Lisboa, com destaque para o Sporting. Diogo Faria fez questão de frisar que o Sporting beneficiou de perdões de dívida de bancos, nomeadamente do Banco Comercial Português (BCP) e do Novo Banco, num valor que atingiu os 105 milhões de euros de uma só vez.
"Existe uma desigualdade de tratamento do emblema portista em relação aos 'clubes de Lisboa'. O Sporting só de perdões do BCP e do Novo Banco foram 105 milhões de euros de uma vez", começou por dizer o conhecido comentador e adepto do FC Porto, em declarações ao Porto Canal, reproduzidas pelo site 'Bancada.pt'.
"Imaginem chegar às contas do Sporting e tirar 105 dos últimos anos, ou imaginem chegar às contas do FC Porto e tirar 100 milhões de euros ou acrescentar 100 milhões de euros oferecidos pela banca", disse ainda Diogo Faria.
O diretor do FC Porto apontou que o seu clube não foi agraciado com ofertas ou perdões de dívida por parte da banca, o que o coloca numa situação distinta em relação a outros clubes. Esta desigualdade no tratamento financeiro tem sido um ponto de discórdia entre adeptos e figuras ligadas ao futebol.
"Ao FC Porto a banca nem ofereceu nem perdoou nada", salientou o diretor do FC Porto Diogo Faria.
Diogo Faria também abordou a questão da venda de camarotes no Estádio do Dragão, destacando que, embora os números indiquem que o Sporting obteve maiores lucros com a bilhética, a venda de camarotes no FC Porto é um fator específico que contribui para as suas finanças.
De recordar que, relatório de contas mais recente do FC Porto, registou-se um prejuízo de cerca de 48 milhões de euros, um facto que tem alimentado a discussão sobre a situação financeira do clube presidido por Jorge Nuno Pinto da Costa. Diogo Faria enfatiza a necessidade de considerar todos os fatores, incluindo as circunstâncias específicas do clube, ao analisar as finanças do FC Porto.