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"Ações do FC Porto a definhar e o bolso dos administradores a engordar"

O FC Porto apresentou as suas contas na semana passada, mas a verdade é que o documento continua a dar que falar. E não só nas hostes portistas.

"Ações do FC Porto a definhar e o bolso dos administradores a engordar"
FC Porto

A SAD do FC Porto, recorde-se, registou prejuízos de cerca de 48 milhões de euros, o que motivou críticas de sócios, como o gestor Nuno Encarnação, que falou de um FC Porto “como nunca viu”.

Num artigo de opinião que assina no jornal Record, Carlos Barbosa da Cruz, antigo dirigente do Sporting, destaca a forma como os adeptos do clube da Invicta “assistem a este exercício de devoção mercenária”.

“Não entendo a passividade resignada com que os adeptos e sócios do FC Porto assistem a este exercício anual de devoção mercenária", afirmou o advogado e ex-dirigente do emblema de Alvalade.

“Se isto acontecesse no Sporting, haveria um motim”

Carlos Barbosa da Cruz acredita que, caso o emblema de Alvalade vivesse um cenário idêntico, com administradores premiados em exercícios com fortes prejuízos, a realidade seria diferente.

"Se isto acontecesse no Sporting – que não acontece – haveria um natural motim associativo", enfatizou Barbosa da Cruz, nesta coluna de opinião, onde aponta que o “FC Porto é como a Bela Adormecida” e permanece “em estado de necrose letárgica, à espera do beijo do príncipe encantado”.

Barbosa da Cruz defende que o relatório e contas apresentado pela SAD do FC Porto, relativo ao último exercício, apresenta outros problemas, que podem ser lidos nas entrelinhas.

"Falando de uma sociedade aberta, cotada em bolsa, existe claramente uma afetação desproporcional de valor para remunerar a gestão em detrimento de outros stakeholders ou da sociedade", referiu instando a CMVM a agir, cumprindo o seu papel fiscalizador.

"Não esqueçamos que esta premiada administração é a mesma que sujeitou o clube a um pouco abonatório fair-play financeiro e aumentou o passivo para além dos 500 milhões de euros", apontou, numa alusão aos prémios pagos aos administradores.
Ora, de um lado os acionistas perdem, mas os responsáveis por esses resultados negativos garantem um bónus que poucos compreendem.

"Pergunto qual é o sentimento de um investidor que vê as suas ações a definhar e o bolso dos administradores a engordar. A CMVM deveria estar atenta a estes desvios, mas, prudente silêncio", conclui.

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