Vítor Murta e os salários em atraso no Boavista: "Dois meses em falta não mata ninguém"

"O Boavista não pôs os seus jogadores a assinar documentos em como têm os salários em dia"

A promessa do líder máximo do emblema boavisteiro é clara: a regularização integral dos vencimentos dos jogadores, assim como uma resolução parcial para os funcionários do clube, já na tarde desta sexta-feira.

"Esta sexta-feira, os salários dos jogadores ficam totalmente regularizados. Ficam com os salários de outubro e novembro pagos", começou por dizer Murta, citado pela 'Rádio Renascença'.

O cenário no Boavista é um reflexo de um problema mais amplo no futebol português, onde atrasos salariais têm sido uma questão recorrente para vários clubes.

Contudo, Murta salientou a abordagem diferenciada do Boavista, baseada na honestidade e transparência, destacando que, ao contrário de outros clubes, não recorreram a medidas para ocultar estas dificuldades.

"Ao contrário de muitos clubes, o Boavista não pôs os seus jogadores a assinar documentos em como têm os salários em dia", frisou o líder boavisteiro.

Com um tom de minimização, Murta referiu-se ao atraso salarial dos jogadores do plantel principal axadrezado como um problema superável, mencionando que 'dois meses em falta não mata ninguém.'

"Dois meses de salário em falta não mata ninguém. Estamos vivos e bem vivos"

"O Rio Ave também assumiu publicamente que tinha dois salários em falta. (...) Aqui ninguém está morto, ninguém precisa de ser reanimado", observou Murta.

O presidente do Boavista destacou ainda a dignidade e o profissionalismo dos jogadores e funcionários do clube, negando rumores ou possibilidades de greves.

"Os funcionários e os jogadores do Boavista nunca fizeram greve. São pessoas dignas. Com dificuldades, mas dignos. Temos dificuldades, mas quem não as tem?", rematou.