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O FC Porto, um dos clubes mais prestigiados de Portugal e com uma história repleta de conquistas, encontra-se atualmente numa encruzilhada marcada por turbulências tanto no campo desportivo quanto no âmbito institucional.
"Os Super Dragões atacaram a academia?"
A detenção do líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, no âmbito da Operação Pretoriano, e as eleições para a presidência do clube têm sido os principais focos de atenção na comunidade desportiva.
O caso da detenção de Fernando Madureira, juntamente com outros membros proeminentes da claque, como a sua mulher Sandra Madureira e Fernando Saúl, oficial de ligação com os adeptos portistas e speaker do Estádio do Dragão, abalou as estruturas do FC Porto e suscitou uma série de interrogações sobre o seu impacto no clube.
As autoridades investigam alegações de que estes indivíduos teriam criado um ambiente de intimidação durante uma Assembleia Geral do clube em 2023, que culminou em confrontos e violência entre os sócios azuis e brancos.
Além disso, suspeita-se que a venda de bilhetes para jogos do FC Porto possa estar envolvida nas atividades dos Super Dragões, levando a investigação a uma dimensão ainda mais complexa.
Rodolfo Reis, antigo capitão do FC Porto, em declarações na CMTV e, com uma certa ironia, levantou questões sobre a possível ligação dos Super Dragões aos incidentes em Alcochete, fazendo uma comparação no mínimo polémica.
"Os Super Dragões atacaram a academia? Em Alcochete quem eram? Eram os Super Dragões? Eram os Super Dragões em Alcochete? Eram? Ah!", começou por questionar o antigo jogador do FC Porto e agora comentador desportivo, citado pelo jornal 'Bancada.pt.
O antigo capitão dos dragões aproveitou ainda a sua intervenção para se mostrar solidário com Jorge Nuno Pinto da Costa, tendo Rodolfo Reis dado razão ao atual presidente dos dragões, que afirmou que 'há algumas pessoas na comunicação social antiFC Porto'.
"Há pessoas na comunicação social muito sérias, muito, muito sérias, muito sérias", defendeu o antigo jogador dos azuis e brancos.
"Sou permanentemente atacado e insultado, mas isso só me dá força"
No meio deste cenário, Pinto da Costa, presidente do FC Porto e recandidato para um novo mandato, o 16º, dirigiu críticas à comunicação social no Coliseu do Porto, durante a apresentação da sua candidatura.
O líder máximo do clube da Invicta acusou alguns membros da imprensa de hostilidade e declarou que a candidatura do seu adversário visava combater a sua presença no cenário mediático.
"Temos uma Comunicação Social que nos hostiliza. Ouvi um comentador desportivo dizer que eu mantinha um discurso contra a imprensa lisboeta. E que a candidatura do meu adversário era para combater isso mesmo", começou por referir o presidente dos azuis e brancos.
"Sou permanentemente atacado e insultado, mas isso só me dá força. Enquanto eu sentir que as televisões lisboetas me quer ver daqui para fora eu piso bem os pés no chão e digo: Vamos em frente FC Porto", acrescentou Pinto da Costa.
"Como amigo mando-lhes um grande abraço de solidariedade"
Pinto da Costa, conhecido por enfrentar adversidades ao longo da sua presidência nos azuis e brancos, demonstrou solidariedade para com Fernando Madureira e a sua esposa, figuras que estão ligadas à 'Operação Pretoriano', agradecendo o papel dos Super Dragões no apoio ao FC Porto.
"Como amigo mando-lhes um grande abraço de solidariedade porque eles foram fundamentais no apoio que os Super Dragões deram às nossas equipas nos vários momentos", referiu.
"E não é por estar a passar um momento mais difícil que deixo de ser seu amigo, sem ser íntimo mas amigo, porque foi e espero que irá ser um grande chefe da claque a apoiar o FC Porto", rematou Jorge Nuno Pinto da Costa.
Este período de desafios simultâneos, entre detenções e o contexto eleitoral, coloca o FC Porto numa encruzilhada crítica, exigindo uma gestão hábil para superar as adversidades tanto dentro como fora das quatro linhas.
