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Salvação do Estrela da Amadora não está nas mãos da autarquia

A oposição (PSD e CDU) do executivo da Câmara da Amadora defendeu hoje que a salvação do Estrela da Amadora, cujo património será vendido em hasta pública, não se encontra nas mãos do município.

O património do clube será colocado em hasta pública para venda na sequência do chumbo, pelos credores, do plano de recuperação do clube, fundado em 1932, que previa que o Estrela da Amadora ficaria a deter 40 por cento do capital social da SAD, enquanto os restantes 60 pertenciam ao grupo de investidores.

Este plano só seria viável após uma alteração ao Plano Diretor Municipal, que viabilizasse a construção imobiliária nos terrenos junto ao estádio, classificados como zona desportiva, o que a autarquia sempre recusou.

Perante a situação de falência, a oposição do executivo socialista da autarquia acredita que a salvação do Estrela da Amadora não está nas mãos da autarquia.

Contactado pela agência Lusa, o líder de bancada da CDU na Assembleia Municipal, Carlos Almeida, considerou que a situação do clube se deve a decisões “erradas das administrações” ao longo dos anos e que a salvação do Estrela deve passar pela massa associativa e pelo próprio clube.

“Nesta altura a situação é difícil. Acreditamos, ainda assim, que, com o apoio dos sócios e com um esforço e empenhamento da massa associativa, seja possível encontrar uma solução que pelo menos salve o património desportivo e social do clube”, disse.

O responsável adiantou que a CDU sempre se mostrou contra “qualquer processo de especulação imobiliária com os terrenos do estádio”, e que o envolvimento da autarquia não deve ultrapassar “as suas competências e sem pôr em causa aquilo que são os aspetos de desenvolvimento da cidade e do ordenamento do território”.

Para o vereador do PSD, Carlos Silva, a “câmara não é o caminho para salvação do Estrela”.

“Nunca esteve nas mãos da câmara. As coisas decorreram de ilegalidades que foram cometidas ao longo dos anos por direções do clube, à margem da câmara, e também não é na alteração ao PDM que está a solução”, disse.

Carlos Silva adiantou que o projeto de salvação do Estrela da Amadora “deve envolver pessoas, empresas e a sociedade civil”, e não na permissão para a construção de projetos imobiliários “obscuros”.

A agência Lusa tentou contactar o presidente da câmara da Amadora, o socialista Joaquim Raposo, que se manteve incontactável até ao momento.

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