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TAS decide sexta-feira recurso de Carlos Queiroz ao castigo da ADoP

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) decide sexta-feira o recurso apresentado por Carlos Queiroz ao castigo que lhe foi aplicado pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), com a defesa a acreditar que “não houve perturbação ao controlo antidoping”.

“A defesa mantém, na íntegra, a convicção e a expetativa que a levou a apresentar o recurso no Tribunal Arbitral”, afirmou à Agência Lusa Rui Patrício, advogado de Queiroz.

Cinco meses após ter dado entrada no tribunal de Lausana (11 de outubro de 2010), prevê-se que chegue agora ao fim a “novela”, embora Rui Patrício tenha adiantado à Lusa que o prazo de sexta-feira pode ser indicativo.

“Inicialmente, estava prevista a decisão para início de março, mas o tribunal entendeu, não sei porque razão, apontá-la para mais tarde, pois tem essa faculdade. Mesmo a data de sexta-feira é indicativa. São três árbitros a decidir, o que poderá levar a novo adiamento”, explicou à Lusa.

O recurso de Queiroz ao castigo que lhe foi aplicado pela ADoP deu entrada no TAS a 11 de outubro de 2010.

Os fundamentos do recurso, de acordo com Rui Patrício, assentam “na ideia central de que não houve qualquer perturbação do controlo antidoping” por parte de Queiroz, “conclusão a que também o Conselho de Disciplina (CD) da FPF chegou”, e que, nesse pressuposto, “não se aplica a norma da lei que regula o doping”.

Este segundo recurso, visa contestar a decisão da ADoP, no sentido da mesma vir a ser anulada por aquele tribunal, única instância de recurso.

O processo teve início a 19 de agosto, quando o CD da FPF anunciou a punição do ex-selecionador nacional com uma suspensão por um mês e uma multa de 1000 euros, devido aos insultos proferidos à brigada da ADoP, ao presidente deste organismo, Luís Horta, e à mãe deste durante o controlo.

Queiroz falhou, assim, os jogos de qualificação para o Euro2012 com Chipre (4-4) e na Noruega (0-1), a 03 e 07 de setembro, sendo substituído pelo adjunto Agostinho Oliveira.

A 30 de agosto de 2010, a ADoP anunciava a suspensão de Queiroz por seis meses, por considerar que este tinha perturbado a ação de uma brigada que efetuou um controlo à seleção, a 16 de maio, no estágio para o Mundial2010, na Covilhã.

A 09 de setembro, a FPF anunciou o seu despedimento, através da resolução do respetivo contrato, e contratou Paulo Bento para o seu lugar.

Já este ano, a 19 de janeiro, foram ouvidas no TAS as duas partes, nomeadamente Queiroz, o presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal, Luís Horta, os três médicos que efetuaram o controlo “antidoping”, os dois médicos da seleção lusa e ainda Alex Ferguson (treinador do Manchester United) e Daniel Gaspar (ex-treinador de guarda-redes da seleção), ambos testemunhas de Queiroz.

Numa primeira fase, o ex-selecionador solicitou a suspensão da decisão, cujos efeitos imediatos o impediam de desenvolver qualquer actividade profissional.

O TAS foi sensível aos argumentos de Queiroz e deu provimento ao seu primeiro recurso, suspendendo os efeitos da punição da ADoP.

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